No espaço público e mediático não faltam exemplos de intervenções que, assumindo ou não esse combate, participam da disputa de ideias e projectos antagónicos. Subtil ou ruidosamente, propõem formas diferentes de organizar as sociedades e contribuem para estruturar os modos como elas se pensam a si mesmas, seja na relação com o presente, o passado ou o futuro. Este texto que o leitor agora lê não é excepção. A excepção é que este jornal assume um ponto de vista.
Sandra Monteiro, Na construção do senso comum, Le Monde diplomatique - edição portuguesa, Agosto de 2018.
Deixo ainda um resumo da componente portuguesa deste número, com a participação de dois membros do blogue:
Na edição de Agosto, destaque para a análise da economista Ana Cordeiro Santos ao processo de «Financeirização do Estado, política de habitação e subsídios à especulação». Um ano depois dos incêndios de Pedrógão Grande, propomos uma reportagem de José Luís Santos na aldeia de Ferraria de São João, onde a comunidade criou uma Zona de Protecção de Aldeia. Passamos também pela linha de Sintra, onde Laura Almodovar nos mostra uma associação islâmica num contexto de dinâmicas de relegação espacial e social. Pedro Hespanha reflecte sobre os desafios da economia solidária e José Castro Caldas sobre o horror neoliberal à acção colectiva, enquanto Carla Baptista foi ao Largo Intendente ver como surgiu uma rádio comunitária e e um festival.
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