Curto para mais tarde recordar. Vale. O Papa espalha-se ao comprido. Deixai vir a mim as criancinhas, disseram os pedófilos lá do burgo gigantesco que alberga gentes feias, porcas e más, que dizem ir ganhar os céus.
As corporações são depósitos da escória da sociedade. As igrejas das várias religiões é o que são e disso vamos sempre tendo notícias ao longo dos milénios. É lá que se acobertam ladrões, assassinos, pedófilos etc. Pelo dito, Francisco, o papa, é cúmplice de pedófilos. E de outros criminosos da dita santa sé católica, apostólica, romana? Vai-se lá saber! Há os bons, os decentes, os humanos, os honestos, os solidários… Ah, pois há. Em todos as corporações e também nos do credo de Roma. É assim, são esses decentes que dão crédito aos que não merecem e são uns criminosos, sacanas, avaros, ladrões, etc. Também acontece assim em quase tudo. Olhem para os políticos em Portugal… Pffff.
Há um lema que não falha: nunca fiando.
Mas o Curto não se resume só a isso. Vá ler, já aqui em baixo.
Bom dia, se não vomitarem com estas e outras de papas, padres, bispos e quejandos, assim como de políticos desonestos, banqueiros salgados e insonsos, toda a restante cáfila dos que nos fazem a vida numa amálgama de trampa e tristeza. Barafustem e exponham vossas razões. Ajam. Não rezem. (MM | PG)
Bom dia este é o seu Expresso Curto
Perdoai-lhes, Senhor? Eles sabiam o que faziam
Filipe Santos Costa | Expresso
Bom dia.
Hoje, no Vaticano, é dia de audiência geral do Papa e a expectativa é sobre se Francisco falará do escândalo de pedofilia que volta a abalar a Igreja Católica - desta vez, atingindo-o diretamente e beliscando a sua imagem de uma forma que nunca tinha acontecido ao longo do pontificado. A acusação de que Francisco sabia dos abusos sobre menores perpetrados pelo cardeal norte-americano Theodore McCarrick, tendo ocultado essa informação e até dado provas de confiança no acusado, fragilizou de forma inédita o atual chefe da Santa Sé, deixando-o na mira dos setores mais conservadores da Igreja.
Ontem surgiu uma nova revelação neste caso: o procurador-geral da Pensilvânia, o estado norte-americano onde teve origem o capítulo que reacendeu a polémica da pedofilia na Igreja Católica, garantiu que existem provas de que o Vaticano tinha conhecimento de décadas de práticas criminosas protagonizadas por centenas de padres de seis dioceses da Pensilvânia. “Há exemplos concretos em que o Vaticano sabia e estava envolvido na ocultação”, assegurou o procurador-geral Josh Shapiro, um dos responsáveis pelo relatório divulgado na semana passada sobre essa longa história de abusos sobre menores e respetiva ocultação por parte da hierarquia católica. Shapiro só não pôde responder se Francisco sabia aquilo que o Vaticano sabia. “Só não posso falar sobre o Papa.”
Mas tudo indica que, pelo menos em relação aos crimes cometidos pelo cardeal McCarrick, Francisco sabia mesmo, e ocultou mesmo. Na segunda-feira, um dia depois de ser divulgada a carta em que o antigo embaixador (núncio) do Vaticano em Washington revelou que em 2013 deu conhecimento ao Papa da existência de dossiês sobre práticas pedófilas de McCarrick - acusando Francisco de ter ignorado essa informação e dado novas responsabilidades ao cardeal suspeito, o que agora motiva a exigência de que o Papa se afaste do cargo -, o Sumo Pontífice recusou-se a responder às acusações. Mas não desmentiu o conteúdo da carta do arcebispo italiano Carlo Maria Vigano. Apenas se recusou a comentá-la.
Hoje, no Vaticano, é dia de audiência geral do Papa e a expectativa é sobre se Francisco falará do escândalo de pedofilia que volta a abalar a Igreja Católica - desta vez, atingindo-o diretamente e beliscando a sua imagem de uma forma que nunca tinha acontecido ao longo do pontificado. A acusação de que Francisco sabia dos abusos sobre menores perpetrados pelo cardeal norte-americano Theodore McCarrick, tendo ocultado essa informação e até dado provas de confiança no acusado, fragilizou de forma inédita o atual chefe da Santa Sé, deixando-o na mira dos setores mais conservadores da Igreja.
Ontem surgiu uma nova revelação neste caso: o procurador-geral da Pensilvânia, o estado norte-americano onde teve origem o capítulo que reacendeu a polémica da pedofilia na Igreja Católica, garantiu que existem provas de que o Vaticano tinha conhecimento de décadas de práticas criminosas protagonizadas por centenas de padres de seis dioceses da Pensilvânia. “Há exemplos concretos em que o Vaticano sabia e estava envolvido na ocultação”, assegurou o procurador-geral Josh Shapiro, um dos responsáveis pelo relatório divulgado na semana passada sobre essa longa história de abusos sobre menores e respetiva ocultação por parte da hierarquia católica. Shapiro só não pôde responder se Francisco sabia aquilo que o Vaticano sabia. “Só não posso falar sobre o Papa.”
Mas tudo indica que, pelo menos em relação aos crimes cometidos pelo cardeal McCarrick, Francisco sabia mesmo, e ocultou mesmo. Na segunda-feira, um dia depois de ser divulgada a carta em que o antigo embaixador (núncio) do Vaticano em Washington revelou que em 2013 deu conhecimento ao Papa da existência de dossiês sobre práticas pedófilas de McCarrick - acusando Francisco de ter ignorado essa informação e dado novas responsabilidades ao cardeal suspeito, o que agora motiva a exigência de que o Papa se afaste do cargo -, o Sumo Pontífice recusou-se a responder às acusações. Mas não desmentiu o conteúdo da carta do arcebispo italiano Carlo Maria Vigano. Apenas se recusou a comentá-la.
O New York Times explica quem é o arcebispo Vigano e conta como este desapareceu depois de escrever a carta em que pede a Francisco que resigne.
O silêncio do Papa tornou-se demasiado ruidoso, numa história feita de silêncios que nunca deviam ter acontecido. Ao calar as denúncias que recebeu sobre McCarry, e ao calar-se outra vez agora, que é confrontado com essa responsabilidade, Francisco repete o pecado da Igreja, que desde sempre encobriu os casos de pedofilia de que ia sabendo, escolhendo sempre olhar para o outro lado. Há uns anos, essa conspiração de silêncio caiu com estrondo sobre a própria Igreja, quando o Boston Globe descobriu uma parte do que estava oculto (lembra-se do filme Spotlight?). E agora, que consequências terá mais silêncio e mais ocultação?
A ironia, neste caso, é que a recusa de Francisco em comentar a carta acusatória aconteceu no voo em que o Papa voltava a Roma depois de uma viagem à Irlanda em que admitiu o “falhanço das autoridades eclesiásticas” relativamente aos casos de pedofilia, que classificou como “crimes repugnantes”.
O silêncio do Papa tornou-se demasiado ruidoso, numa história feita de silêncios que nunca deviam ter acontecido. Ao calar as denúncias que recebeu sobre McCarry, e ao calar-se outra vez agora, que é confrontado com essa responsabilidade, Francisco repete o pecado da Igreja, que desde sempre encobriu os casos de pedofilia de que ia sabendo, escolhendo sempre olhar para o outro lado. Há uns anos, essa conspiração de silêncio caiu com estrondo sobre a própria Igreja, quando o Boston Globe descobriu uma parte do que estava oculto (lembra-se do filme Spotlight?). E agora, que consequências terá mais silêncio e mais ocultação?
A ironia, neste caso, é que a recusa de Francisco em comentar a carta acusatória aconteceu no voo em que o Papa voltava a Roma depois de uma viagem à Irlanda em que admitiu o “falhanço das autoridades eclesiásticas” relativamente aos casos de pedofilia, que classificou como “crimes repugnantes”.
No avião de regresso, como é tradição, o chefe da hierarquia católica conversou com os jornalistas e, embora sem falar das acusações de que é alvo, falou de outros temas. Como a homossexualidade. O seu intuito seria - como já fez noutras ocasiões - exortar os católicos com filhos homossexuais a que os entendam e “não os condenem”. Mas uma frase lançou gasolina num tema inflamável: “Quando [a homossexualidade] se manifesta na infância, a psiquiatria pode desempenhar um papel importante para ajudar a perceber como as coisas são”. A declaração do Papa dava a entender que vê a homossexualidade como um distúrbio psiquiátrico - e essa foi a razão do clamor que se levantou, sobretudo junto de organizações LGBT. Ontem, na habitual transcrição da conversa do Papa com os jornalistas, o Vaticano apagou a palavra “psiquiatria”. Segundo o gabinete de imprensa da Santa Sé, o que o Papa disse não reflete o seu pensamento - Francisco “não queria dizer que se trata de ‘uma doença psiquiátrica’”.
Por falar em doença psiquiátrica, vale a pena ler estas duas reportagens, que desenterram o passado de instituições católicas que ao longo de décadas foram autênticas casas de horror.
Aqui, uma magnífica reportagem multimédia do New York Times publicada em outubro, sobre um lar na Irlanda para jovens mães solteiras e para os seus filhos. A “casa de horrores de Tuam” foi um dos casos que assombraram a visita do Papa à Irlanda, neste fim de semana, e que Francisco prometeu estudar com atenção.
Por falar em doença psiquiátrica, vale a pena ler estas duas reportagens, que desenterram o passado de instituições católicas que ao longo de décadas foram autênticas casas de horror.
Aqui, uma magnífica reportagem multimédia do New York Times publicada em outubro, sobre um lar na Irlanda para jovens mães solteiras e para os seus filhos. A “casa de horrores de Tuam” foi um dos casos que assombraram a visita do Papa à Irlanda, neste fim de semana, e que Francisco prometeu estudar com atenção.
Aqui, uma investigação publicada ontem pelo BuzzFeed sobre um orfanato católico no estado do Vermont, EUA. O caso não é novo, mas a longa reportagem conta com pormenores como era a vida das crianças que caiam nas mãos de freiras sádicas que parecem saídas de um filme de terror de quinta categoria. Há muitos relatos de abusos, violência, e até denúncia de mortes. Um aviso: não é a típica leitura levezinha de agosto. Mas, de qualquer forma, agosto está a acabar...
http://paginaglobal.blogspot.com
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