A palavra Omíada provavelmente não lhe diz nada, mas esta antiga dinastia
árabe deixou marcas por vários países da Europa, incluindo
Portugal. O Algarve é a região certa para seguir esta rota.
Alcoutim
A influência omíada no Mediterrâneo e no Algarve correspondeu a uma época de prosperidade económica e cultural que teve influência na cultura dos portugueses.
Em Alcoutim, os testemunhos arqueológicos concretizam-se num pequeno alcácer datado do séc. IX.
Em Alcoutim, os testemunhos arqueológicos concretizam-se num pequeno alcácer datado do séc. IX.
Também no interior do castelo da vila, construído no séc. XIV, está exposta a maior coleção, conhecida até ao momento, de jogos de tabuleiro do período omíada.
Aljezur
Passamos para Aljezur e o castelo. A fortaleza terá tido início numa alcaria, que integrava uma torre defensiva, ou numa simples cerca rural edificada no contexto omíada.
O Castelo de Aljezur evoluiu depois disso; mais tarde entregue ao abandono e,
O Castelo de Aljezur evoluiu depois disso; mais tarde entregue ao abandono e,
posteriormente, recuperado. Hoje as ruínas simbolizam várias épocas históricas e a vista comprova uma posição estratégica, abarcando a planície, o Cerro das Mós e as serras de Espinhaço de Cão e Monchique.
Alvor
O Castelo de Alvor é outra estrutura histórica que marca a passagem da Dinastia Omíada pelo sul de Portugal. A origem da fortaleza, no séc. VII, está associada ao período final do emirado ou ao início do califado omíada.
Apenas ruínas restam nos dias de hoje, mas a importância da localidade, posicionada junto à ria, justifica a construção e prevalência desta estrutura de defesa que atravessou épocas.
Apenas ruínas restam nos dias de hoje, mas a importância da localidade, posicionada junto à ria, justifica a construção e prevalência desta estrutura de defesa que atravessou épocas.
Cabo de São Vicente
No ponto mais ocidental do continente europeu existiu em tempos a Igreja dos Corvos, um lugar de peregrinação da cristandade moçárabe. Deste templo já nada resta, mas o Cabo de São Vicente continua a ser um local digno de descoberta, quer seja através de uma visita à Fortaleza de Sagres, como numa volta pelos menires existentes na região.
Cacela Velha
Junto à Ria Formosa e defendida por uma fortaleza, Cacela Velha foi durante o período omíada, entre o séc. X e XI, um importante núcleo urbano. Aliás, a localidade chegou a ser uma relevante zona administrativa do sotavento algarvio
A história prevalece nas muralhas do forte e torna-se num atrativo para quem visita Cacela Velha.
Estói
Entre o litoral e o barrocal algarvio encontra Estói e as famosas Ruínas Romanas de Milreu. O local manteve-se ocupado durante o período omíada e ainda hoje pode reconhecer a casa senhorial, as instalações agrícolas, a zona de balneário e um templo.
Não saia da localidade sem espreitar o Palácio de Estói, uma das mais relevantes representações do Romantismo no sul de Portugal.
Faro
A capital de distrito sempre teve um papel de relevo na geografia algarvia. Em Faro, a riqueza do tempo islâmico surgiu pela via marítima e pela produtividade que existia nos arredores da cidade.
As águas chegavam às muralhas e a entrada de quem vinha do porto de abrigo fazia-se por uma porta setecentista com o único arco em ferradura existente em todo o Algarve, datado do séc. XI.
As águas chegavam às muralhas e a entrada de quem vinha do porto de abrigo fazia-se por uma porta setecentista com o único arco em ferradura existente em todo o Algarve, datado do séc. XI.
Monchique
Perto de Monchique, o Castelo do Alferce representa um povoado da Idade do Bronze, com uma ocupação que se estendeu até ao final da época do emirato omíada, no séc. VIII. O local terá sido abandonado no séc. XI, mas persistem até
hoje vestígios arqueológicos que mostram a importância desta fortificação no sistema de defesa do território mais a sul.
São Brás de Alportel
São Brás de Alportel terá sido na época islâmica uma povoação fortificada, que beneficiava da proximidade à serra e a Faro. Vários vestígios recolhidos em sítios arqueológicos do concelho comprovam a história que se estendeu entre
os períodos Califal (séc. X-XI) e Almóada (séc. XII-XIII).
Silves
Silves, como Medina islâmica, gozava da mesma proteção da serra e posicionamento junto ao rio Arade que a cidade que hoje conhecemos. Possuindo um poderoso e eficaz sistema de defesa e conhecida pelo porto fluvial, bazar e
hortas, Silves foi, a partir da segunda metade do séc. X, um reconhecido centro intelectual, chegando mesmo a atuar como um reino independente.
Tavira
Tavira foi um importante entreposto comercial marítimo, impulsionado pela proteção que a localização do seu porto oferecia. Também o acesso à ponte que transpunha o Rio Gilão, uma das mais antigas no Algarve, facilitava a rota
que ligava Sevilha a Silves e fazia de Tavira muçulmana uma urbe estratégica para a governação.
Vila Real de Santo António
A foz do Guadiana e o controle da pesca algarvia sempre foi foco de interesse político e a região assumiu especial importância no decorrer da ocupação omíada.
Construída no séc. XVIII, Vila Real de Santo António torna-se no ponto de partida para descobrir a rota que acompanha o percurso do rio. Pelo caminho encontra
Construída no séc. XVIII, Vila Real de Santo António torna-se no ponto de partida para descobrir a rota que acompanha o percurso do rio. Pelo caminho encontra
castelos e fortalezas que marcam as lutas territoriais entre Portugal e Espanha e a formação da fronteira entre os dois países.
Vilamoura
Vilamoura é conhecida por ser uma das principais estâncias balneares do Algarve, mas a cidade apresenta uma das estações arqueológicas mais importantes da zona sul.
O Cerro da Vila, junto à marina, é um conjunto de estruturas que formam uma antiga vila romana. Durante o período omíada, o local terá sido ocupado por um povo que desenvolvia funções agrárias e marítimas.
O Cerro da Vila, junto à marina, é um conjunto de estruturas que formam uma antiga vila romana. Durante o período omíada, o local terá sido ocupado por um povo que desenvolvia funções agrárias e marítimas.
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