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Nos últimos meses multiplicaram-se as noticias de supressões, atrasos e falta de condições de circulação no transporte ferroviário.
Não sendo um problema novo, como se chegou aqui?
Durante a década de 1990, sucessivos governos dividiram a CP em várias empresas, a EMEF (reparação e manutenção), a REFER (infra-estrutura) e CP Carga (transporte de mercadorias).
Desde então, os investimentos foram sucessivamente adiados, o material circulante ultrapassou largamente a sua vida útil, a infraestrutura degradou-se, o número de trabalhadores reduziu drasticamente.
Foram encerrados mais de 1500 km de via e destruídos 18 mil postos de trabalho.
No mesmo período construíram-se mais de 1500 Km de auto-estradas, que ultrapassam hoje os 3100 km de extensão. São mais de 10 A1.
Não são compradas novas composições há mais de 20 anos, a falta de peças é uma constante.
Com a destruição da Sorefame em 2003, Portugal ficou sem possibilidades de construção dos seus próprios comboios dependendo hoje do estrangeiro
Ao invés, têm sido os grupos privados a lucrar com esta situação. Como exemplo, entre 2006 e 2009, mais de 100 milhões de euros foram investidos em material circulante de mercadorias, que o anterior governo entregou a privados por 53 milhões de euros.
Nos últimos 30 anos, esta empresa pública esteve entregue na sua maioria a gestores do PSD, PS e CDS-PP.
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