O Japão apelou esta segunda-feira ao fim das armas nucleares, no 73.º aniversário do bombardeamento atómico de Hiroshima.
Num momento em que o mundo oscila entre o ressurgimento global do nacionalismo e a esperança da desnuclearização da Coreia do Norte, o primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, lembrou o papel que o seu país, o único a ser atacado com armas nucleares, pode desempenhar neste processo.
"Nos últimos anos, ficou claro que existem diferenças entre os países sobre como proceder com a redução de armas nucleares. Como o único país que sofreu um bombardeamento atómico, é nossa missão liderar pacientemente os esforços por um mundo livre de armas nucleares", afirmou.
No ano passado, o Japão preferiu não assinar um tratado de proibição de armas nucleares, adotado pela ONU, apontando a ingenuidade do texto e alinhando-se com as potências nucleares que invocavam a ameaça norte-coreana.
O Parque Memorial da Paz, em Hiroshima, voltou hoje a ser palco de uma cerimónia de homenagem às vítimas do primeiro bombardeamento atómico mundial, a 06 de agosto de 1945, que matou 140.000 pessoas.
Muitos japoneses rezaram em memória desse dia, que ficou para sempre gravado na história a partir das 08h15 da manhã, quando o avião conhecido como Enola Gay, da Força Aérea americana, largou a bomba de urânio "Little Boy" sobre Hiroshima.
Três dias depois, os Estados Unidos lançaram, a 09 de agosto de 1945, uma segunda bomba atómica (conhecida por "Fat Man") sobre Nagasaki, levando à capitulação do Japão e ao fim da Segunda Guerra Mundial.
Em março, o número total de “hibakusha” [sobreviventes] ascendia a 154.859, face aos 372.264 contabilizados em 1980. A idade média dos sobreviventes dos bombardeamentos nucleares de Hiroshima e Nagasaki é superior a 82 anos.
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