Philippe Martinez, de 55 anos, é filho de imigrantes espanhóis
O metalúrgico Philippe Martinez, quadro da Renault, é desde fevereiro de 2015 o patrão do maior sindicato francês
É, provavelmente, o bigode mais famoso neste momento em França, não passando despercebido na primeira fila das manifestações contra a reforma da lei laboral. Um bigode que é há cinco anos a imagem de marca de Philippe Martinez, que lidera desde fevereiro de 2015 a Confederação Geral do Trabalho (CGT) e que assumiu as rédeas da contestação sindical ao presidente François Hollande e ao governo de Manuel Valls. "Quando lutamos podemos ganhar, mas se não lutamos, então seguramente vamos perder", defende.
Filho de imigrantes espanhóis de esquerda, que lutaram contra o franquismo, o patrão da CGT nasceu a 1 de abril de 1961, nos arredores de Paris. Tinha 23 anos quando começou a trabalhar na fábrica da Renault, em Billancourt, aderindo quase de imediato ao sindicato e sendo eleito dois anos depois delegado sindical. Em 1992, passou a liderar o sindicato dos Engenheiros, Quadros e Técnicos e cinco anos depois assumiu era o principal sindicalista da Renault de Billancourt. Em 2008, foi eleito secretário-geral da Federação dos Trabalhadores Metalúrgicos, uma das mais influentes da CGT. A sua companheira, Nathalie Gamiochipi, foi líder da Federação da Saúde.
No ano passado, assumiu a liderança do maior sindicato francês, que está sob a ameaça de ser ultrapassado em 2017 pela CFDT (que apoia esta reforma laboral). Desta forma, a atual contestação é uma forma de marcar posição junto dos trabalhadores. Apesar de ser o primeiro patrão da CGT que não tem o cartão de militante do Partido Comunista Francês (aderiu em jovem, mas saiu em 2002),
Martinez tornou-se no rosto da oposição de esquerda a Hollande e Valls.
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