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terça-feira, 31 de maio de 2016

Irreverência de Bordalo Pinheiro dá o mote às festas



Clara Leitão, uma das cinco vencedoras do concurso das sardinhas. 


Fados no Castelo de São Jorge ou o Globaile dos Buraka Som Sistema? O difícil vai ser escolher

No ano em que se comemora o 170.º aniversário do nascimento de Rafael Bordalo Pinheiro, a visão irreverente do autor é o mote de inspiração para as muitas iniciativas que invadem Lisboa, já a partir de amanhã, até 1 de julho, no mês que celebra as sardinhas, os arraiais, as marchas populares, mas sobretudo, a multiculturalidade e a liberdade sem fronteiras.

Em 2016, a EGEAC em parceria com a Câmara Municipal de Lisboa, volta a reforçar o convite para que seja "uma festa de todos para todos, para retribuir a Lisboa o que ela nos oferece todos os dias". Palavras de Joana Gomes Cardoso, presidente da EGEAC, na apresentação do cartaz das Festas de Lisboa 16, ontem, nos jardins do Museu de Lisboa, no Campo Grande.

E se o retorno é mútuo, as escolhas são mais que vastas numa programação eclética que toca a tradição e a memória, com a recuperação de rituais como os tronos de Santo António até às contemporâneas intervenções artísticas nos miradouros do CRIAR Lisboa. Sempre com a Ponte 25 de Abril como pano de fundo, que celebra, este ano, 50 anos de vida, razão maior para celebrar a proximidade entre as duas margens do Tejo.

Sob o lema "Música para todos os gostos e feitios", um dos destaques musicais acontece em "Deixem o Pimba em Paz", com Bruno Nogueira e Manuela Azevedo aos comandos, numa noite única, no Terreiro do Paço, onde os temas mais populares da canção portuguesa serão entoados e reinventados por músicos de jazz e clássica.



Uma das novidades da programação contempla o "Sons d"Água", um espetáculo original no Reservatório Mãe d"Água e a Alameda Pop, com os Amor Electro e David Carreira a fazerem a chamada para a Alameda da Universidade de Lisboa, em dois dias de entrada livre, para toda a família. O Castelo de São Jorge será o anfitrião de três noites de Fado. Muito mais acontece em simultâneo, numa oferta que percorre as ruas e jardins da cidade, sem esquecer o Festival Coros de Verão, o Com"Paço e o IX Festival de Bandas de Lisboa.

Fora dos palcos e em plena baixa, as lojas centenárias do coração da cidade voltam a transformar-se em pequenos teatros, este ano, com um elenco integralmente feminino, convidado a interpretar as histórias de Dulce Maria Cardoso, Jorge Palinhos e Sandro William Junqueira. O Teatro das Compras, promete retomar o sucesso, numa mescla entre tradição e identidade de sítios que já moram no coração dos alfacinhas. Também de memória afetiva sobrevivem os Tronos de Santo António, num tributo a um ritual secular celebrado num circuito expositivo coletivo, nos dias 4 e 5 de junho, resultado do desafio aceite por crianças e adultos de construir um trono.

Desporto, cinema e noites literárias, sem esquecer as afamadas sardinhas - este ano com participação de 70 países - as noites prometem render a folia alfacinha, entre arraiais e muitas festas espalhadas por vários locais da cidade. As marchas populares honram a tradição a 12 de junho.

O encerramento das Festas de Lisboa culmina no espetáculo Globaile, na Torre de Belém, numa festa que é muito mais do que um concerto, onde a história se cruza com as pontes de e para o mundo. Convite feito pelos Buraka Som Sistema que se despedem dos palcos e fecham a tour mundial, numa passagem de testemunho para todos os que queiram empunhar a bandeira da festa, da cor, do sorriso e do coração, numa noite única, a 1 de julho, onde todo o planeta desagua na Torre de Belém.

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