O crime está a chocar o Brasil. Aconteceu no dia 21, mas está agora a espalhar-se pela internet à medida que se multiplicam os comentários e as partilhas às imagens que os violadores puseram na internet.
O caso é insólito pela brutalidade de uma violação coletiva a uma menor de 16, mas também pelas reações geradas pelas agressões levadas a cabo por 30 homens que chegam a gabar-se do que fizeram.
O vídeo de cerca de 40 segundos foi partilhado com o título: “Espremendo a mulher e fazendo um túnel para mais de 30”.
Brasil: a cada 11 minutos há uma violação
As imagens estão a correr a internet e uma delas mostra mesmo os órgãos genitais ensanguentados da jovem rapariga. Mas as reações às fotografias são tão ou mais chocantes do que as imagens partilhadas pelos violadores.
Além dos que se gabam de ter violado a menor, há os que a acusam de ser “toxicodependente” ou de “usar míni-saia” como forma de justificar a violação de que foi vítima.
A rapariga que parece sedada nas imagens partilhadas pelos criminosos estava com o namorado de há três anos numa favela da zona oeste do Rio de Janeiro quando foi rodeada por um grupo de homens. Segundo relatos da imprensa, a menor acordou rodeada por homens armados no domingo e regressou a casa pelo próprio pé, num táxi, gravemente ferida.
Só na terça-feira terá percebido que o vídeo do abuso que sofreu circulava na internet.
A jovem, cuja identidade não foi revelada por motivos de proteção, já apresentou queixa às autoridades, que estão a investigar o caso e já identificou pelo menos dois homens.
O que aconteceu ao certo ainda está por apurar e há várias versões a correr, não sendo claro que papel teve o namorado da rapariga no sucedido, já que estavam ambos em casa dele quando a agressão ocorreu.
Num país onde as estatísticas mostram que há uma violação a cada 11 minutos, a notícia está a gerar enorme polémica entre os que encontram justificação ou brincam com a agressão de que a menor foi vítima e os que se mobilizam para que este caso ajude os brasileiros a ganhar consciência da gravidade da violência sexual.
VÍDEO
sol.sapo.pt
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