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segunda-feira, 2 de novembro de 2015

Uma comunicação social hegemonizada pela direita




A situação política decorrente das eleições de 4 de Outubro permanece incerta. Mas a alteração que introduziu na correlação de forças parlamentar tem produzido algumas importantes clarificações.
Uma delas diz respeito ao panorama dos grandes órgãos de comunicação social, e à hegemonia da direita em todos eles, da linha editorial à esmagadora maioria dos comentadores e cronistas. De boa parte já era conhecido o reaccionarismo e a cega fidelidade ao grande capital. Outros passaram da justificação “técnica” das bárbaras políticas de exploração, desigualdade e marginalização social que a actual crise do capitalismo agudizou - sob a forma de “memorandos” e outras - ao mais cavernícola anticomunismo. Outros passaram de uma falsa “esquerda” a posições de extrema-direita. Todos dispõem de todo o espaço e de todo o tempo para produzirem um massacre ideológico diário, repetindo e partilhando obcessivamente os mesmos argumentos, os mesmos preconceitos e os mesmos espantalhos.
A informação é manipulada e a realidade é moldada a esta avassaladora campanha. A mesma comunicação social que permitiu que o governo PSD/CDS fizesse passar durante mais de um ano os seus falsos “sucessos” na economia e no emprego trata agora a tomada de posse do governo de Passos e Portas como se tal encenação constituísse uma realidade. E é essa falsa realidade que apenas existe no plano mediático que permite a Passos proferir um discurso delirante enumerando sucessos, e Cavaco Silva designar tarefas que esse governo nunca irá desempenhar.
O recrudescimento da gritaria anticomunista é particularmente significativo. Nada indica que o PCP venha a assumir quaisquer responsabilidades governativas, ou que algum dos seus objectivos políticos de fundo venha a ser assumido por um governo que tenha o PS como base. O que tal gritaria traduz é apenas o velho e atávico ódio da reaccionária grande burguesia portuguesa aos trabalhadores e ao povo. E à democracia.
Os grandes órgãos de comunicação social estão nas mãos do grande capital. O seu comportamento nestes dias confirma que nas condições do Portugal de hoje, como nas do de ontem, o poder do grande capital e um regime verdadeiramente democrático são incompatíveis.
Os Editores de odiario.info

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