É por terras do antigo império Otomano que hoje o mundo concentra atenções. Os órgãos de comunicação social não investem, como noutros tempos, nos chamados enviados especiais mas para compensar os espectadores, brindam os mais interessados com um vasto e diversificado naipe de comentadores. Graças a eles, sinal dos tempos, nada nos escapa.
Vamos ao relato, apenas os factos, nada de complicado. Os protagonistas são aviões, turcos e russos. Ao russo, um Sukhoi Su 24, ainda que repetidamente lhe chamem “caça”, é bombardeiro, supersónico é certo, mas já com mais de três décadas no activo. O turco esse sim, um caça, igual aos que por cá temos, um General Dynamics F 16 Fighting Falcon.
Feitas as apresentações, a ocorrência. O avião russo violou o espaço aéreo turco, e após repetidos avisos, foi abatido. É assim, quem brinca com o fogo queima-se. Coerência? Nem por isso, os gregos que o digam, mas adiante. Neste enredo não há anjinhos. Crispação e diz que disse, ou não disse, esgrimem-se argumentos nos palcos habituais: Nas agências noticiosas e até nas Nações Unidas. Cada qual apresenta factos e provas, pois claro. A Rússia ameaça com consequências, a Turquia defende-se com a violação do seu espaço aéreo e com os múltiplos e ignorados avisos.
Face a todos estes factos, a todas estas comunicações e justificações, questiono como será possível que nenhum dos sempre esclarecidos comentadores tenha ainda colocado esta singela questão:
Se o avião russo apenas voou 17 segundos em espaço aéreo turco, como foi possível alerta-lo durante 5 minutos?
aoleme.com
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