A União Europeia e, especialmente, a União Económica Europeia nasceram para morrer e não para vencer. Pelo caminho, ficou a miséria, provocada pela destruição das economias do sul da Europa, unicamente em benefício das economias dos países mais ricos, principalmente a da Alemanha, país este que se serviu da moeda única para alimentar o seu velho sonho imperial.
Mas as identidades das nacionalidades dos povos europeus, nas suas diferentes expressões políticas e linguistas, fala mais alto. Como já afirmei algumas vezes, ninguém consegue unir a Europa. Nem Carlos Magno, nem Napoleão nem Hitler conseguiram alcançar esse desiderato pela força das armas. Também não serão os mercados financeiros nem o euro a unir um continente inteiro, onde nas situações mais críticas os nacionalismos emergem. As forças centrífugas são mais fortes do que as forças centrípetas.
Antes da crise das dívidas soberanas, em 2010, cerca de sessenta por cento dos europeus acreditava no projecto de integração na União e na moeda única. Em finais de 2013, essa percentagem desceu para cerca de trinta por cento. Hoje, depois do que aconteceu na Grécia, que foi castigada com mais austeridade, a credibilidade das instituições europeias está de rastos.
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