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segunda-feira, 30 de novembro de 2015

Milhares de pessoas participam de funeral de advogado pró-curdos assassinado na Turquia - Elci passou a receber ameaças de morte após ter declarado que o PKK não é uma organização terrorista


Tahir Elci, conhecido por sua atuação em prol dos direitos humanos no país, foi morto em ato público em que pedia o fim da violência entre curdos e forças turcas
Milhares de pessoas participaram do funeral do advogado pró-curdo e ativista pelos direitos humanos Tahir Elci, assassinado neste sábado (28/11) na cidade de Diyarbakir, no sudeste da Turquia.
Elci, conhecido internacionalmente por sua atuação em prol dos curdos e dos direitos humanos na Turquia, foi morto a tiros enquanto dava uma entrevista coletiva em conjunto com outros ativistas pedindo o fim da violência entre curdos e forças do governo turco. Dois policiais e pelo menos quatro pessoas ficaram feridas na troca de tiros entre a polícia e o assassino, que ainda não foi capturado.
Agência Efe

Multidão em funeral público de Tahir Elci
A morte de Elci motivou protestos em várias cidades da Turquia, em que manifestantes alegavam que o governo de Recep Erdogan, presidente turco, era o responsável pelo assassinato. Manifestantes entraram em confronto com a polícia em Istambul, Ancara, Izmir e Diyarbakir, e um toque de recolher foi imposto no distrito em que Elci foi assassinado.
Durante o funeral público, seu caixão, envolto pela bandeira do Curdistão, foi carregado pela multidão pelas ruas de Diyarbakir, a principal cidade da região predominantemente curda na Turquia.
Apoiadores do governo turco culpam o PKK (Partido dos Trabalhadores do Curdistão) pelo ataque, enquanto oponentes do governo culpam nacionalistas turcos e afirmam que o assassinato de Elci foi premeditado.

Protesto em Istambul na noite de sábado, após a morte de Tahir Elci
Elci passou a receber ameaças de morte após ter declarado que o PKK não é uma organização terrorista, como é considerado pela Turquia e pela OTAN, mas sim mas uma guerrilha com fins políticos. Por esta declaração, ele foi preso e indiciado por “propaganda terrorista” em outubro.
A violência entre guerrilheiros curdos e forças turcas reacendeu-se em julho deste ano com o fim do cessar-fogo entre os dois lados. Centenas de pessoas foram mortas desde então, em confrontos diretos e em ataques terroristas contra alvos civis alimentados pela tensão entre os dois extremos políticos no país. Entre estes está a explosão de uma bomba em uma manifestação em Ancara, o mais grave atentado na história do país, que deixou mais de 100 mortos em outubro.
O primeiro-ministro turco, Ahmet Davutoglu, afirmou no sábado que os assassinos de Elci serão levados à Justiça. Já Erdogan afirmou estar “triste” pela morte de Elci. “Este incidente mostra que a Turquia está certa em sua determinação contra o terrorismo”, disse o presidente.
Agência Efe

Tahir Elci minutos antes de ser assassinado neste sábado, em Diyarbakir

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