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sábado, 28 de novembro de 2015

OS GOLPES DE XANANA GUSMÃO E RAMOS HORTA - 40º Aniversário da proclamação da INDEPENDÊNCIA DE TIMOR LESTE


Parabéns!
Timor-Leste, hoje oficialmente República Democrática de Timor-Leste, é um dos países mais jovens do mundo que proclamou a independência do colonialismo português em 28 de novembro de 1975, faz hoje 40 anos!
Ocupa a parte oriental da ilha de Timor, no Sudeste Asiático, além do exclave de Oecusse, na costa norte da parte ocidental de Timor, da ilha de Ataúro, a norte, e do ilhéu de Jaco, ao largo da ponta leste da ilha.
As únicas fronteiras terrestres que o país tem ligam-no à Indonésia, a oeste da porção principal do território, e a leste, sul e oeste de Oecusse, mas tem também fronteira marítima com a Austrália, no Mar de Timor, a sul.
Com 14 874 quilómetros quadrados de extensão territorial, Timor-Leste tem uma superfície equivalente às áreas dos distritos portugueses de Beja e Faro somadas.
A língua mais falada em Timor-Leste é o tétum (mais falado na capital). O tétum e o português formam as duas línguas oficiais do país.
Geograficamente, o país enquadra-se no chamado sudeste asiático, enquanto do ponto de vista biológico se aproxima mais das ilhas vizinhas da Melanésia, o que o colocaria na Oceania e, por conseguinte, faria dele uma nação transcontinental.
O país foi colonizado pelo Império Português no século XVI e era conhecido como Timor Português até a descolonização do país.
A 28 de novembro de 1975, Timor-Leste declarou a sua independência, mas no final desse ano foi invadido e ocupada ilegalmente pela Indonésia, num acto de guerra e pirataria e foi anexado como a 27ª província do país no ano seguinte.
Em 1999, após uma longa denuncia, resistência e luta do povo timorense, mais uma vez tendo a FRETILIN à cabeça, conseguiu um acto de autodeterminação patrocinado pelas Nações Unidas e o governo indonésio INVASOR deixou o controlo do território e Timor-Leste recuperrou a independência espezinhada pelos imperialistas indonésios, em 20 de maio de 2002.
Após a retoma da independência proclamada em 28 de novembro de 1975, o país tornou-se membro efectivo das Nações Unidas e da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa.
Em 2011, Timor-Leste anunciou a intenção de participar da Associação de Nações do Sudeste Asiático através da apresentação de uma carta de candidatura para se tornar o seu décimo primeiro membro do grupo.
Timor-Leste tem uma renda média inferior à da economia mundial, sendo que 37,4% da população do país vive abaixo da linha de pobreza internacional, o que significa viver com menos de 1,25 dólar USA por dia e cerca de 50% da população é analfabeta. O país continua a sofrer os efeitos colaterais de uma luta de décadas pela independência contra a ocupação indonésia, que danificou severamente a infraestrutura do país e matou pelo menos cem mil pessoas. O país é classificado no 128º lugar no Índice de Desenvolvimento Humano (IDH).
Período pré-colonial
De acordo com alguns antropólogos, um pequeno grupo de caçadores e agricultores já habitava a ilha de Timor por volta de 12 mil anos a.C. Há documentos que comprovam a existência de um comércio esporádico entre Timor e a China a partir do século VII, ainda que esse comércio se baseasse principalmente na venda de escravos, cera de abelha e sândalo, madeira nobre utilizada na fabricação de móveis de luxo e na perfumaria, que cobria praticamente toda a ilha. Por volta do século XIV, os habitantes de Timor pagavam tributo ao reino de Java. O nome Timor provém do nome dado pelos Malaios à ilha onde está situado o país, Timur, que significa "Leste".
Domínio português
O primeiro contacto europeu com a ilha foi feito pelos Portugueses quando estes lá chegaram em 1512 em busca do sândalo. Durante quatro séculos, os Portugueses apenas utilizaram o território timorense para fins comerciais, explorando os recursos naturais da ilha. Díli, a capital do Timor Português, apenas nos anos 1960 começou a dispor de luz elétrica e na década seguinte, de água, esgoto, escolas e hospitais. O resto do país, principalmente em zonas rurais, continuava atrasado.
Até agosto de 1975, Portugal liderou o processo de autodeterminação de Timor-Leste, integrado na descolonização resultante da Revolução de Abril.
Quando as forças pró-indonésias atacaram as forças portuguesas que estavam no território e a FRETILIN, os militares portugueses deixaram a ilha de Timor e a refugiaram-se em Ataúro, dando-se início à luta entre a Frente Revolucionária de Timor-Leste Independente (FRETILIN) e as forças da União Democrática Timorense (UDT) que apoiavam os indonésios. A FRETILIN saiu vitoriosa desta guerra e proclamou a independência a 28 de novembro do mesmo ano.
Proclamação da independência
A seguir à proclamação da independência pela FRETILIN, a 7 de Dezembro, a Indonésia invadiu Timor-Leste. Os militares indonésios desembarcavam em Díli, ocupando rapidamente toda a parte oriental de Timor, apesar do repúdio da população, das novas autoridades timorenses, da Assembleia-Geral e do Conselho de Segurança da ONU, que reconheceram que era Portugal a potência administradora do território.
Invasão indonésia
A ocupação militar da Indonésia em Timor-Leste fez com que o território se tornasse a 27.ª província indonésia, chamada "Timor Timur".
Uma política de genocídio resultou num longo massacre de timorenses. Centenas de aldeias foram destruídas pelos bombardeios (português brasileiro) (bombardeamentos (português europeu) do exército da Indonésia, sendo que foram utilizadas toneladas de napalm contra a resistência timorense (Fretilin/Falintil). O uso do produto queimou boa parte das florestas do país, limitando o refúgio dos guerrilheiros na densa vegetação local.
No dia 12 de novembro de 1991, o exército indonésio disparou sobre manifestantes que homenageavam um estudante morto pela repressão no cemitério de Santa Cruz, em Díli. Cerca de 271 pessoas foram mortas no local. Outros manifestantes foram mortos nos dias seguintes, "caçados" pelo exército da Indonésia.
A causa de Timor-Leste pela independência ganhou também repercussão e reconhecimento mundial com a atribuição do Prémio Nobel da Paz ao bispo Carlos Ximenes Belo e a José Ramos Horta em outubro de 1996.
Em julho de 1997, o presidente sul-africano Nelson Mandela visitou o então lider da FRETILIN, Xanana Gusmão, que estava na prisão.
A visita fez com que aumentasse a pressão para que a independência fosse feita através de uma solução negociada. A crise na economia da Ásia no mesmo ano afetou duramente a Indonésia. O regime militar de Suharto começou a sofrer diversas pressões com manifestações cada vez mais violentas nas ruas. Tais actos levaram à sua demissão em maio de 1998.
Em 1999, os governos de Portugal e da Indonésia começaram, então, a negociar a realização de um referendo sobre a independência do território, sob a supervisão de uma missão da ONU.
O exército indonésio treinou e equipou diversas milícias, que serviram de ameaça contra o povo durante o referendo. Apesar das ameaças, mais de 98% da população timorense foi às urnas no dia 30 de agosto de 1999 para votar na consulta popular, e o resultado apontou que 78,5% dos timorenses queriam a independência.
As milícias, protegidas pelo exército indonésio, desencadearam uma onda de violência antes da proclamação dos resultados.
Homens armados mataram nas ruas todas as pessoas suspeitas de terem votado pela independência.
Milhares de pessoas foram separadas das famílias e colocadas à força em camiões, cujo destino ainda hoje é desconhecido (muitas levadas a Kupang, no outro lado da ilha de Timor, pertencente a Indonésia).
A população começou a fugir para as montanhas e buscar refúgio em prédios de organizações internacionais e nas igrejas.
Os estrangeiros foram evacuados, deixando Timor entregue à violência dos militares e das milícias indonésios.
A Organização das Nações Unidas (ONU) decide criar uma força internacional para intervir na região. Em 22 de setembro de 1999, soldados australianos sob bandeira da ONU entraram em Díli e encontraram um país totalmente incendiado e devastado. Grande parte da infraestrutura de Timor-Leste havia sido destruída e o país estava quase totalmente devastado. Xanana Gusmão, foi libertado logo em seguida.
Fim da ocupação da indonésia
Em abril de 2001, os timorenses foram novamente às urnas para a escolha do novo lider do país. As eleições consagraram Xanana Gusmão como o novo presidente timorense e, em 20 de maio de 2002, Timor-Leste tornou-se totalmente independente.
Em 2005, a cantora colombiana Shakira gravou uma música-protesto intitulada Timor. A música, escrita e composta pela cantora, fala de como a comunicação social ocidental deu importância ao caso da independência de Timor-Leste há alguns anos, e como agora essa mesma comunicação social, televisões e rádios já não se interessavam por este país.
A evolução posterior mostra uma série de manobras e “golpes”, encabeçados por Xaxana Gusmão e com a conivência de Ramos Horta e outros, para impedirem a chegada ao poder a força efectivamente maioritária no país, a FRETILIN, a força que tem o apoio popular! Os chamados lacaios do imperialismo, interessado nas riquezas de Timor Leste.
A luta continua!
CC – FB

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