O novo ministro da Administração Interna deslocou-se ao Algarve, na sequência das cheias de domingo, para ver de perto os danos. Calvão da Silva defende que houve prevenção, mas não se esperava que a "fúria" da natureza fosse da dimensão que se verificou, sobretudo em Albufeira.
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"Apraz-me registar que os alertas funcionaram, as pessoas tomaram as medidas preventivas. O que acontece é que as medidas preventivas normais não foram suficientes, mas não significa que as medidas tomadas não tenham atenuado apesar de tudo os danos catastróficos que se verificaram", disse o responsável, citado pela TVI24.
Para além dos danos patrimoniais, o ministro destacou o "problema maior": um homem de 80 anos que perdeu a vida, quando foi arrastado pela água em Boliqueime.
Questionado pelos jornalistas, o governante insistiu que "as forças operacionais e os comandos funcionaram muito bem, preventivamente, não só por sms, mas também por mail". O problema é que, em Albufeira, houve "uma fúria da natureza que se revoltou" e o alerta passou para um nível de protecção distrital.
O ministro deu ainda conta que muitos dos lesados com quem falou já accionaram o seguro. Quem não tem, devia ter: "Para quem não tem seguro, aprende em primeiro lugar que é bom reservar sempre um bocadinho [de dinheiro] para no futuro ter seguro".
A solução para essas pessoas é, agora, "esperar o levantamento feito pela autarquia e esperar que os requisitos de calamidade se justifiquem" para decretar esse estado e, assim, serem ajudados.
* O defensor emérito da idoneidade dos 14 milhões de Ricardo Salgado é um ministro acabado de chegar ainda desinformado, não sabe que dois milhões de portugueses não têm 5 euros para uma consulta no médico de família, quanto mais dinheiro para ter seguro. Já é o ministro do ridículo.
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