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quarta-feira, 25 de março de 2015

MAIS UMA CORRIDA MAIS UMA VIAGEM ! . Passos chega ao Japão a dar o défice por controlado

Passos chega ao Japão a dar o défice por controlado

Passos chega ao Japão a dar o défice por controlado
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Olivier Hoslet, EPA

Há uma semana, perante o aviso do Conselho de Finanças Públicas para o risco de um défice em descontrolo a partir de 2016, o primeiro-ministro procurava afinar pela mesma nota, associando o acerto futuro das contas à continuação das suas políticas. Esta quarta-feira a revista japonesa Nikkei publica uma entrevista a Pedro Passos Coelho: a derrapagem orçamental, insiste, será este ano de 2,7 por cento.

Foram dois os avisos à navegação remetidos na semana passada ao Governo. Por um lado, um relatório do Conselho de Finanças Públicas veio advertir para a possibilidade de o défice orçamental superar o limite imposto pelas regras europeias já em 2016 e até 2019, à falta de mais medidas. Por outro, o Fundo Monetário Internacional avançou com a estimativa de um défice português de 3,2 por cento ainda em 2015: ainda assim melhor do que a previsão de novembro.
Pedro Passos Coelho dá início na quinta-feira a uma visita oficial ao Japão.


No mesmo dia da publicação do relatório Finanças Públicas: Situação e Condicionantes (2015-2019), Passos Coelho martelava a convicção de que o défice deste ano ficaria sempre abaixo dos três por cento.

Diria mesmo que as conclusões do órgão presidido por Teodora Cardoso coincidiam “com aquilo que o Governo apresentou” em matéria de cenários macroeconómicos.

Quanto ao aviso para a necessidade de medidas extraordinárias, a reação do primeiro-ministro foi no mesmo sentido. Com um olhar ao pós-legislativas: “Se nada disto existir em 2016, então haverá tendência para que nós não cumpramos o objetivo de ter um défice inferior a três por cento e então poderemos vir a ter problemas, não com o crescimento da economia, que crescerá, mais até do que aquilo que o Governo tem previsto, mas podemos regressar a certos desequilíbrios macroeconómicos”.

E foi com este mesmo registo que Passos respondeu por escrito às perguntas colocadas pela japonesa Nikkei. O Executivo português, sustenta o governante na entrevista agora publicada, mantém a previsão de um défice de 2,7 por cento em 2015, mercê de reformas ditas fiscais e estruturais.

O primeiro-ministro trata desde logo de dar ênfase ao pagamento, em março, de 6,6 mil milhões de euros ao FMI, o que representa 22 por cento do empréstimo concedido pela instituição no quadro do resgate financeiro.

Reembolsos, propugna Passos, que “não só fazem sentido financeiramente, como também são um bom sinal de que a credibilidade de Portugal está em recuperação”.
Grécia, “a diferença”
Na mesma entrevista, Passos Coelho procura uma vez mais demarcar a situação portuguesa do quadro grego, indo ao ponto de afirmar que há, entre os dois países, vincadas diferenças culturais, económicas e até mesmo políticas.

O saldo das administrações públicas teve em fevereiro um défice de 239,8 milhões de euros, segundo a execução orçamental conhecida na terça-feira.

Contudo, excluindo as Entidades Públicas Reclassificadas, a derrapagem até fevereiro foi superior: 376,7 milhões de euros, mais 349,8 milhões face ao saldo negativo do mesmo período de 2014 (-26,9 milhões de euros).


“E o povo português sabe melhor do que ninguém a diferença entre uma situação e a outra”, arrisca o primeiro-ministro.

Na visita de três dias ao Japão, a primeira de um chefe de governo português àquele país asiático em 25 anos, Passos vai receber da Universidade de Estudos Estrangeiros de Quioto um doutoramento honoris causa pelo apoio à Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP). Da agenda faz também parte a cooperação empresarial.

A comitiva do primeiro-ministro inclui o ministro dos Negócios Estrangeiros, Rui Machete, o ministro da Economia, António Pires de Lima, o ministro do Ambiente, Ordenamento do Território e Energia, Jorge Moreira da Silva, e o secretário de Estado da Energia, Artur Trindade.


c/ Lusa

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