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sábado, 4 de outubro de 2014

Extrema-direita elege dois senadores na França - A Frente Nacional, de Marine Le Pen, continua crescendo, e entra pela primeira no Senado do País

Extrema-direita elege dois senadores na França
A Frente Nacional, de Marine Le Pen, continua crescendo, e entra pela primeira no Senado do País

 Marine Le Pen, líder da Frente Nacional
No pasado domingo, 28 de setembro, a direita retomou o controle do Senado, na França, de novo com maioria da Unidade por um Movimento Popular (UMP), partido do ex-presidente Nicolás Sarkozy. As eleições para o senado francês são indiretas, com pouco menos de 90 mil eleitores, divididos em conselhos regionais. Com mandatos de seis anos, metade do Senado é renovado de três em três anos. No domingo, o Partido Socialista (PS), do presidente François Hollande, que faz o governo mais impopular da história da França, continuou perdendo espaço. Das 348 cadeiras, o PS, junto com partidos aliados, tinha 178 lugares, caindo para 151, e deixando de ter maioria contra a direita, que passou de 166 para 190 senadores.
O governo poderá continuar aprovando seus projetos com a maioria que tem na Câmara. Mas, o Senado com maioria direitista pode retardar esses projetos. O Senado francês esteve sob controle da direita nos últimos 50 anos, com exceção dos últimos três anos.
A Frente Nacional (FN), partido de extrema-direita encabeçado por Marine Le Pen, conseguiu pela primeira vez entrar no Senado, contando agora com dois senadores. É a continuação do crescimento que mostrou durante o ano, nas eleições municipais e nas eleições europeias. Diante do desgaste de Hollande e também da UMP, a burguesia francesa está impulsionando a extrema-direita para ter a opção de um governo de força, que imponha às massas o repasse do peso da crise para os ombros dos trabalhadores. Para a burguesia, está colocada a necessidade de impor aos trabalhadores que eles paguem pela crise de modo que os capitalistas possam continuar lucrando.
Tanto a direita tradicional quanto a esquerda do regime burguês estão em crise. A UMP, que se saiu melhor na eleição para o Senado, está dividida e sem um presidente, em meio a escândalos de corrupção que envolvem a cúpula do partido. O PS está dividido no governo, com dezenas de deputados se negando a votar nas políticas de austeridade do primeiro-ministro Manuel Valls. Enquanto isso, os índices econômicos mostram que a França está indo para o buraco. A previsão de crescimento é menor do que o 1% que o governo pretendia (0,7%). O desemprego já atinge 5 milhões de franceses, a dívida pública está perto dos € 2 bilhões (93,6% do PIB). 

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