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sexta-feira, 24 de outubro de 2014

Empresas de reciclagem contra taxa sobre sacos de plástico - A Associação de Recicladoras de Plástico (ARP) criticou hoje a criação de um imposto sobre os sacos de plástico, alertando que a medida, se avançar, obrigará o país a importar "mais matéria-prima virgem" derivada do petróleo.

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Empresas de reciclagem contra taxa sobre sacos de plástico

A Associação de Recicladoras de Plástico (ARP) criticou hoje a criação de um imposto sobre os sacos de plástico, alertando que a medida, se avançar, obrigará o país a importar "mais matéria-prima virgem" derivada do petróleo.
PAÍS
Empresas de reciclagem contra taxa sobre sacos de plástico
Lusa

Ricardo Pereira falava à margem do 30º. Seminário dos Plásticos, organizado pela APIP, que decorre hoje e sábado no concelho da Mealhada.
Segundo o empresário, que integra também a direção da Associação Portuguesa da Indústria de Plásticos (APIP), "a indústria da reciclagem está preocupada" com o projeto de lei de tributação ambiental, aprovado na semana passada em Conselho de Ministros, que estabelece o pagamento de uma taxa de oito cêntimos por cada saco de plástico de compras.
Em Portugal, "mais de metade dos sacos de plástico já são reciclados", sublinhou.
"No dia em que acabarmos com os sacos, vamos ter um problema de higiene e saúde pública", acrescentou, por seu turno, o advogado Carlos Silva Campos.
Este assessor jurídico da ARP lembrou que "a maioria dos portugueses reutiliza os sacos de plástico das compras" para embalar os lixos domésticos que deposita nos contentores e ecopontos.
As pessoas reduzirão o consumo destes sacos, mas, por outro lado, "passarão a comprar mais sacos do lixo", que são maiores e têm película mais espessa.
"O fator de reutilização desaparece e vamos ter mais volume de plásticos", corroborou Ricardo Pereira.
Para o presidente da Associação de Recicladoras de Plástico, a criação de uma taxa por cada saco de plástico "é uma estupidez" e as empresas do setor vão empenhar-se para que a medida seja chumbada na Assembleia da República.
"Um saco de plástico passaria a ser mais tributado do que os combustíveis e o tabaco", enfatizou.
O jurista Carlos Silva Campos disse que o novo imposto, integrado nas propostas do Governo na área da fiscalidade verde, "tem como único objetivo arranjar dinheiro".
"É uma medida mal pensada por pessoas que não ouviram ninguém", acusou.
A ARP, segundo Ricardo Pereira, concorda com "uma moderação no consumo de sacos de plástico", devendo a aposta do Estado centrar-se na educação dos consumidores.
As empresas recicladoras aceitariam mesmo "uma taxa menor" por cada saco, desde que as receitas "fossem aplicadas em iniciativas de educação", adiantou.
"Não somos contra o princípio da fiscalidade verde", esclareceu.
Também o presidente da Associação Portuguesa da Indústria de Plásticos, Marcel de Botton, defende que o combate ao consumo de sacos de plástico "é uma questão de educação".
Na medida proposta pelo Governo, "este princípio está invertido", além de "estarem a matar uma indústria" constituída por pequenas e médias empresas (PME), disse à Lusa Marcel Botton.
"Que haja um imposto, sim, mas que não seja 500 por cento do valor real de um saco", que valerá "apenas um ou dois cêntimos", criticou.

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