Cameron parte a loiça em Bruxelas e recusa pagar
Christian Hartmann, Reuters
O primeiro-ministro britânico confessou-se "verdadeiramente furioso" por a Comissão Europeia lhe exigir mais dois mil milhões de euros de contribuição para as finanças comunitárias. E não quer pagar.
Visivelmente alterado, e por vezes completamente fora de si, David Cameron afirmou hoje em conferência de imprensa à margem da cimeira da União Europeia que "isto não é forma aceitável de [alguém] se comportar". Confessou-se também "verdadeiramente furioso" com a exigência europeia de pagamento adicional, dirigida ao Reino Unido.
No vídeo da conferência de imprensa, vê-se Cameron a classificar como "completamente inaceitável que se apresente uma conta destas [2.100 milhões de euros] com tão pouco tempo para pagar".
Airmou também: "Andei à volta da mesa, olhei os colegas nos olhos e disse-lhes: pagámos mil milhões para combater a crise do ébola, pusemos o dinheiro sobre a mesa, enviámos médicos, pusemos tropas em movimento. O que é que vocês contribuem para isso?". E explodiu, afirmando que firmas como a Ikea "pagaram mais para isso do que alguns países membros da União Europeia".
A ameaça de rebelião por parte de Cameron foi absolutamente clara: "Não vamos puxar de repente do nosso livro de cheques e passar um cheque de dois mil milhões de euros. Isso não vai acontecer".
Por seu lado, Jacek Dominik, porta-voz do comissário europeu do Orçamento, mostrou-se pouco impressionado com o inventário de envolvimentos britânicos em missões internacionais e lembrou o motivo essencial para a reivindicação europeia: "No caso da Grã-Bretanha e da Holanda, o PIB de 2014 foi muito mais alto do que eles próprios tinham pensado no princípio do ano; por isso, a contribuição tem de ser mais alta".
Um outro porta-voz da Comissão Europeia, citado em Der Spiegel, admitiu "que o momento não é o ideal [para reclamar o pagamento adicional], mas há regras que temos de seguir".
Cameron procura, entretanto, apoios para a sua objecção ao pagamento, tanto internamente com a nível internacional. Na UE não poderá esperar mais apoio que o do primeiro-ministro holandês, Mark Rutte, o outro contribuinte confrontado com exigências adicionais de Bruxelas, neste caso no valor de 642 milhões de euros. Com ele se reuniu já na noite de ontem.
Especialmente irritante, e factor de especial impopularidade no Reino Unido para o pagamento adicional é o facto de a Alemanha, que viu o seu PIB crescer menos do que o esperado, ir receber uma devolução na ordem de 780 milhões de euros.
No vídeo da conferência de imprensa, vê-se Cameron a classificar como "completamente inaceitável que se apresente uma conta destas [2.100 milhões de euros] com tão pouco tempo para pagar".
Airmou também: "Andei à volta da mesa, olhei os colegas nos olhos e disse-lhes: pagámos mil milhões para combater a crise do ébola, pusemos o dinheiro sobre a mesa, enviámos médicos, pusemos tropas em movimento. O que é que vocês contribuem para isso?". E explodiu, afirmando que firmas como a Ikea "pagaram mais para isso do que alguns países membros da União Europeia".
A ameaça de rebelião por parte de Cameron foi absolutamente clara: "Não vamos puxar de repente do nosso livro de cheques e passar um cheque de dois mil milhões de euros. Isso não vai acontecer".
Por seu lado, Jacek Dominik, porta-voz do comissário europeu do Orçamento, mostrou-se pouco impressionado com o inventário de envolvimentos britânicos em missões internacionais e lembrou o motivo essencial para a reivindicação europeia: "No caso da Grã-Bretanha e da Holanda, o PIB de 2014 foi muito mais alto do que eles próprios tinham pensado no princípio do ano; por isso, a contribuição tem de ser mais alta".
Um outro porta-voz da Comissão Europeia, citado em Der Spiegel, admitiu "que o momento não é o ideal [para reclamar o pagamento adicional], mas há regras que temos de seguir".
Cameron procura, entretanto, apoios para a sua objecção ao pagamento, tanto internamente com a nível internacional. Na UE não poderá esperar mais apoio que o do primeiro-ministro holandês, Mark Rutte, o outro contribuinte confrontado com exigências adicionais de Bruxelas, neste caso no valor de 642 milhões de euros. Com ele se reuniu já na noite de ontem.
Especialmente irritante, e factor de especial impopularidade no Reino Unido para o pagamento adicional é o facto de a Alemanha, que viu o seu PIB crescer menos do que o esperado, ir receber uma devolução na ordem de 780 milhões de euros.
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