Jovem ficou em cuecas no recreio antes do suicídio
Um jovem suicidou-se sábado à noite. Colegas lembram que sexta-feira foi deixado em cuecas no recreio da escola. Responsáveis desvalorizam, mas pároco da aldeia diz que sinais foram ignorados.
foto DR
Inspeção-Geral de Educação abriu inquérito
Nélson tinha 15 anos. Colocou termo à vida, enforcando-se num pinheiro próximo de casa, em Adaúfe, Braga, na noite do passado sábado. Eram 23.36 horas. Deixou duas cartas: aos pais e à namorada. O que o terá levado ao suicídio não é ainda claro.
"Desgosto amoroso". Esta é pelo menos a tese que o Comando Distrital da Guarda Nacional Republicana (GNR) de Braga aponta para o caso do adolescente. Os militares, confrontados com as notícias tornadas públicas e que apontam para um caso de bullying, dizem que "não há qualquer relação".
No entanto, a Inspeção-Geral de Educação e Ciência abriu um inquérito para apurar o que poderá ter acontecido. O jovem contou à família (e os amigos confirmaram) que, há dias, num intervalo, um grupo de colegas o tinha despido no recreio da escola. "Ele ficou em cuecas, apanhou a roupa, vestiu-se e foi para as aulas sem dizer nada", recordou um colega de turma que relatou, posteriormente, a situação a um professor.
Fausto Farinha, diretor do Agrupamento de Escola Sá de Miranda onde está integrada a EB 2/3 de Palmeira, desmente a existência de "bulliyng". "Não falei com ninguém da comunicação social e fico espantado com o que foi noticiado. Este é um momento doloroso para a família e do foro privado. A escola apenas está a tomar as respetivas diligências num caso destes e que envolve o falecimento de um aluno", afirma o responsável, desmentindo que esteja a decorrer um "inquérito de bullyng".
Fausto Farinha, que já apresentou as condolências à família, apenas revela a existência de um incidente com o aluno no dia 9. "Uma brincadeira dentro da escola", diz o diretor do agrupamento, sem revelar que tipo de situação. "Compete às autoridades investigar", diz.
O pároco de Adaúfe aponta o dedo à escola (ver texto na página seguinte), dizendo mesmo que a instituição tinha conhecimento que o jovem "era constantemente maltratado e que os responsáveis do estabelecimento de ensino não valorizaram os sinais de alerta". Sem comentar o caso em concreto, a Confederação Nacional das Associações de Pais (Confap) recomenda que se aposte na prevenção.
Contactada pelo JN, a presidente da Comissão de Proteção de Crianças e Jovens em Risco, de Braga, recordou que "a criança teve aberto um processo, entre março e setembro de 2012, relacionado com problemas familiares", Amélia Pereira afirmou, todavia, que "não foi sinalizado bullying".
De acordo com GNR, a EB 2/3 de Palmeira era acompanhada com regularidade pelas autoridades. "Associação de pais, professores e alunos não apontam qualquer referência para casos do bullying naquele estabelecimento de ensino", confirma mesma fonte.
As cartas, encontradas no interior de casa, uma dirigida à namorada em tons de despedida, e outra aos familiares de Nélson Antunes sinalizando onde podiam encontrar o corpo, foram entregues ao Ministério Público que, e até ao momento, não está a investigar o suicídio do adolescente.
Um jovem suicidou-se sábado à noite. Colegas lembram que sexta-feira foi deixado em cuecas no recreio da escola. Responsáveis desvalorizam, mas pároco da aldeia diz que sinais foram ignorados.
foto DR |
Inspeção-Geral de Educação abriu inquérito |
Nélson tinha 15 anos. Colocou termo à vida, enforcando-se num pinheiro próximo de casa, em Adaúfe, Braga, na noite do passado sábado. Eram 23.36 horas. Deixou duas cartas: aos pais e à namorada. O que o terá levado ao suicídio não é ainda claro.
"Desgosto amoroso". Esta é pelo menos a tese que o Comando Distrital da Guarda Nacional Republicana (GNR) de Braga aponta para o caso do adolescente. Os militares, confrontados com as notícias tornadas públicas e que apontam para um caso de bullying, dizem que "não há qualquer relação".
No entanto, a Inspeção-Geral de Educação e Ciência abriu um inquérito para apurar o que poderá ter acontecido. O jovem contou à família (e os amigos confirmaram) que, há dias, num intervalo, um grupo de colegas o tinha despido no recreio da escola. "Ele ficou em cuecas, apanhou a roupa, vestiu-se e foi para as aulas sem dizer nada", recordou um colega de turma que relatou, posteriormente, a situação a um professor.
Fausto Farinha, diretor do Agrupamento de Escola Sá de Miranda onde está integrada a EB 2/3 de Palmeira, desmente a existência de "bulliyng". "Não falei com ninguém da comunicação social e fico espantado com o que foi noticiado. Este é um momento doloroso para a família e do foro privado. A escola apenas está a tomar as respetivas diligências num caso destes e que envolve o falecimento de um aluno", afirma o responsável, desmentindo que esteja a decorrer um "inquérito de bullyng".
Fausto Farinha, que já apresentou as condolências à família, apenas revela a existência de um incidente com o aluno no dia 9. "Uma brincadeira dentro da escola", diz o diretor do agrupamento, sem revelar que tipo de situação. "Compete às autoridades investigar", diz.
O pároco de Adaúfe aponta o dedo à escola (ver texto na página seguinte), dizendo mesmo que a instituição tinha conhecimento que o jovem "era constantemente maltratado e que os responsáveis do estabelecimento de ensino não valorizaram os sinais de alerta". Sem comentar o caso em concreto, a Confederação Nacional das Associações de Pais (Confap) recomenda que se aposte na prevenção.
Contactada pelo JN, a presidente da Comissão de Proteção de Crianças e Jovens em Risco, de Braga, recordou que "a criança teve aberto um processo, entre março e setembro de 2012, relacionado com problemas familiares", Amélia Pereira afirmou, todavia, que "não foi sinalizado bullying".
De acordo com GNR, a EB 2/3 de Palmeira era acompanhada com regularidade pelas autoridades. "Associação de pais, professores e alunos não apontam qualquer referência para casos do bullying naquele estabelecimento de ensino", confirma mesma fonte.
As cartas, encontradas no interior de casa, uma dirigida à namorada em tons de despedida, e outra aos familiares de Nélson Antunes sinalizando onde podiam encontrar o corpo, foram entregues ao Ministério Público que, e até ao momento, não está a investigar o suicídio do adolescente.
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