Marcelo diz que grupos angolanos querem media portugueses ao serviço das suas estratégias
Marcelo Rebelo de Sousa não o disse de forma clara, mas a sugestão foi forte: os grupos económicos angolanos querem comprar a comunicação social portuguesa porque estão pensar nas suas estratégias na sucessão do presidente angolano, José Eduardo dos Santos.
No seu habitual comentário dominical na TVI, o antigo presidente do PSD considera que José Eduardo dos Santos ainda é o homem mais poderoso em Angola, mas criou grupos que se automatizaram e que hoje já pensam na sucessão. Marcelo, que relembrou que recentemente falharam as negociações para o grupo de comunicação social de Joaquim Oliveira (JN, DN e TSF, entre outros), nomeou os grupos económicos das duas filhas de José Eduardo dos Santos, do seu chefe da casa civil, Kopelipa, e o Newshold, que segundo Marcelo controla já o semanário Sol e o diário i.“Os grupos começam a posicionar-se para a sucessão [de José Eduardo Santos]. (…) No futuro esses grupos vão digladiar-se com estratégias diferentes, nomeadamente em Portugal”, acrescentou, deixando em meias palavras a ideia que os grupos económicos angolanos querem controlar a comunicação social portuguesa para a colocarem ao serviço das suas estratégias.O também Conselheiro de Estado de Cavaco Silva comentou também a compra por parte da RTP dos jogos de futebol à Olivedesportos de Joaquim Oliveira para os transmitir nos seus canais internacionais, afirmando que não percebe por que o canal público não revela quanto pagou pelas transmissões das partidas.Já sobre o discurso de Passos Coelho na festa Pontal, no Algarve, Marcelo lembrou que o primeiro-ministro foi alvo de várias críticas, recordou que o ministro da Economia, Álvaro Santos Pereira, “caiu-lhe em cima” porque acabou a dizer o contrário e considerou a intervenção um déjà vu.
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