BACO – O deus do vinho
O “VINHO”, bebida dos deuses, sempre presente na história da humanidade, manufaturada a mais de 6000 anos a.C., continua e continuará a reinar sobre a mesma por muitos e muitos séculos.
Nessa oportunidade damos inicio junto a vocês, a uma série de artigos sobre o vinho e que intitulamos como “Bodegas”, como não podia deixar de ser, o vinho também possui o seu deus, ele é chamado de BACO. Já que falamos em BACO e em VINHO, vamos conhecer um pouco sobre os dois.
Nessa oportunidade damos inicio junto a vocês, a uma série de artigos sobre o vinho e que intitulamos como “Bodegas”, como não podia deixar de ser, o vinho também possui o seu deus, ele é chamado de BACO. Já que falamos em BACO e em VINHO, vamos conhecer um pouco sobre os dois.
Baco – O deus do vinho Baco foi o 13º. Deus do Olímpio. Na Grécia ele tinha o nome de Dioniso e Líber é o seu nome latino, quando foi adotado pelos romanos, recebeu o nome de Baco. Era o deus do vinho e do delírio místico (na verdade era um semideus já que sua mãe – Sêmelle – era humana e o seu pai era o deus olímpico Zeus - Júpiter).
Dioniso - estátua romana do séc. II exposta no Louvre
Na mitologia grega existem várias versões diferentes e contraditórias sobre a deidade do deus do vinho. Uma das versões é que Dioniso (ou Baco para os romanos) nasceu da união entre Persefone e Zeus sob a forma de uma serpente gerando o deus cornudo Zagreu. Hera, ciumenta, persuadiu aos Titãs a atacarem o deus infante enquanto ele se olhava num espelho. Os Titãs não só o despedaçaram, como também comeram os pedaços do seu corpo, exceto o coração que Atena o resgatou.
Dioniso - estátua romana do séc. II exposta no Louvre
Na mitologia grega existem várias versões diferentes e contraditórias sobre a deidade do deus do vinho. Uma das versões é que Dioniso (ou Baco para os romanos) nasceu da união entre Persefone e Zeus sob a forma de uma serpente gerando o deus cornudo Zagreu. Hera, ciumenta, persuadiu aos Titãs a atacarem o deus infante enquanto ele se olhava num espelho. Os Titãs não só o despedaçaram, como também comeram os pedaços do seu corpo, exceto o coração que Atena o resgatou.
Atena entregou o coração a Zeus que preparou com ele uma porção com a qual emprenhou Sêmelle, que então gerou Dioniso.
Nas lendas romanas, Dioniso tornou-se BACO, que se transforma em leão para lutar e devorar os gigantes que escalavam o céu e depois foi considerado por Zeus como o mais poderoso dos deuses.
Ele é geralmente representado sob a forma de um jovem imberbe, risonho e festivo, de longa cabeleira loira e esvoaçante. Em uma das mãos carrega um cacho de uva ou uma taça e na outra, um tirso (um dardo) enfeitado de folhagens e fitas. Tem o corpo coberto com um manto de pele de leão ou de leopardo, trazendo na cabeça uma coroa de pâmpanos, geralmente é representado dirigindo um carro puxado por leões.
Dioniso tinha um companheiro na pessoa de seu professor Sileno, companheiro fiel e grande consumidor de vinho, o qual lhe ensinou a cultura da vinha, a poda dos galhos e o fabrico do vinho e a quem é atribuído o papel de tutor do jovem deus aos hinos órficos.
Era muito cultuado, perfeito legislador e amante da paz. Ao tornar-se adulto, apaixona-se pela cultura da vinha e descobre a arte de extrair o suco da fruta e seu uso.
Instruído pela deusa Cibele, andou pelo mundo a ensinar aos homens o trato da videira e a arte de fabricar vinho. Andou pela Trácia e pela Índia, montado em um carro puxado por panteras e enfeitado com ramos de videira. Quis introduzir seu culto na Grécia depois de voltar triunfalmente da sua expedição à Índia, mas encontrou oposição de alguns príncipes devido ao seu sucesso.
Os antigos pretendiam com o culto a Baco que ele propiciasse uma boa colheita de uvas. O culto era mais sentido no início da primavera e no início do outono. Em ambas as oportunidades, faziam-se festas onde não faltava o vinho. As pessoas saiam de um local e iam em grupos de povoado em povoado.
Foi ele quem introduziu em Tébas sua terra natal os Bacanais, era algo levado tão a sério que até os presos eram soltos para participarem dos Bacanais ou Bacanális. Como o vinho era servido em grande quantidade, logo os homens e as mulheres ficavam bastante alegres e desinibidos. As roupas acabavam sendo aos poucos deixadas de lado juntamente com as inibições dando lugar a uma completa satisfação de todos os desejos e ninguém mais era de ninguém.
O deus BACO
A orgia que era só etílica passava a ser sexual também.
A orgia que era só etílica passava a ser sexual também.
Por essa razão, hoje se usa a palavra Bacanal para fazer referência ao sexo grupal. Quem acompanhava as festas era chamado de Bacante. Mas, as verdadeiras Bacantes são também seres mitológicos. Estavam sempre ao lado de Baco servindo-o cegamente. Elas também eram figuras míticas. Sua vida está repleta de lendas.
Os gregos tendem a considerar Baco protetor das belas-artes, mais especialmente do teatro, a partir das representações que faziam ao darem festas em honra ao deus do vinho. O festival principal no qual as tetralogias em competição eram executadas era conhecido como Dionísia Urbana. Era um evento anual importante. O teatro de Dioniso estava situado na encosta sul da Acrópole de Atenas, com lugares para 17.000 pessoas
Os atores das peças executadas em honra a Dioniso usam mascaras, símbolo da submersão da sua identidade na de outro. Esta perda da individualidade é demonstrada no teatro não só pelas máscaras que o atores usam, mas também pelo coro. Os membros do coro dançam e cantam em uníssono, cantando as mesmas palavras; não têm nenhuma identidade, cada um é simplesmente uma parte insignificante do todo, sem vontade individual. Toda a individualidade e força de vontade devem ser ofertadas a Dioniso, quando o deus assim o deseja.
Já a Bíblia diz que o vinho, desde o princípio, foi criado para a alegria, e não para a embriaguez. Esse princípio pode ter ocorrido há seis mil anos, desde quando o homem aprendeu a transformar à uva em vinho.
Baco segundo o pintor Caravaggio
Baco segundo o pintor Caravaggio
O hábito de tomar vinho foi se disseminando pelo mundo graças ao estado de bem-estar que ele produz, quando tomado em pequenas doses. Até mesmo pessoas que não bebem regularmente outras bebidas apreciam e reconhecem no vinho uma bebida saudável.
A Igreja elegeu o vinho a bebida que tem a função, durante o ritual da missa, de significar “o sangue de Cristo”. Para os cristãos, o vinho tomado pelo sacerdote durante a missa o santifica e prepara para distribuir a comunhão aos fiéis. O vinho é, portanto uma bebida “bendita”. Para compreender melhor o porquê, basta saber como ele é feito e quais as propriedades das uvas seu principal componente.
bodegas - Walter Jorge
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