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segunda-feira, 20 de agosto de 2012

José Mário Branco - Qual é Coisa Qual é Ela (Elogio do Comunismo)


Qual é coisa, qual é ela
Que é tão simples, tão sensata
Como a sopa na panela
Como um sorriso de prata
Das crianças esquecidas
Qual é coisa qual é ela
Que não sabes o que é
Mas andas sempre atrás dela
Dor a dor, pé ante pé
A bricar às escondidas
Quente, quente...
Companheiro um passo mais
Se és explorado como
tantos teus iguais
Hás-de entender como
vencer a exploração
Abre os olhos para o futuro
olha o fruto já maduro
Na raíz da tua condição
Qual é coisa, qual é ela
Para os ricos horrorosa
Mas para os pobres a mais bela
Para os ricos criminosa
Para os pobres justiça
Qual é a rosa de maio
Que gela o riso nervoso
Do patrão e do lacaio
Não agrada ao cobiçoso
Porque é o fim da cobiça
Quente, quente...
Companheiro um passo mais
Se és explorado como
tantos teus iguais
Hás-de entende como
vencer a exploração
Abre os olhos para o futuro
olha o fruto já maduro
Na raíz da tua condição
Qual é coisa, qual é ela
Que é possível conquistar
Se a gente lutar por ela
Que não é para complicar
Mas sim para resolver
A nova ordem que acaba
Com a diferença de classes
entre o que come e o que lavra
Qual é coisa que é tão fácil
E tão difícil de fazer
Quente, quente...
Companheiro um passo mais
Se és explorado como
tantos teus iguais
Hás-de entende como
vencer a exploração
Abre os olhos para o futuro
olha o fruto já maduro
Na raíz da tua condição.

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