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quarta-feira, 1 de agosto de 2018

A Cadeira




Faz hoje 50 anos que uma cadeira mudou o rumo da História de Portugal. 
Do terraço  onde estou neste momento não  a vejo, mas vislumbro o  forte de Santo António do Estoril onde o episódio se passou.
Pelas 9 horas da manhã do primeiro dia de Agosto de 1968, Salazar entrava numa sala do Forte. Poucos minutos depois, ao  sentar-se numa cadeira de realizador, para que o calista lhe tratasse os calos, falhou o alvo e caiu desamparado no chão. Exigiu ao calista silêncio absoluto sobre o que se passara naquela manhã e desvalorizou o incidente no seu círculo mais próximo. Incluindo  o médico assistente, prof Eduardo Coelho.
O País só ficou a saber do episódio em 7 de setembro, um dia depois de Salazar ter sido operado a um hematoma provocado pela queda. Nunca mais recuperaria. Vinte dias depois, a 27, Américo Thomaz foi "autorizado" a  anunciar ao país que nomeara  Marcello Caetano para " ajudar o senhor Presidente do Conselho durante a convalescença de Salazar".  E com esse estatuto ficaria até 27 de Julho de 1970, dia da morte do ditador. 


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