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domingo, 26 de junho de 2016

NOMADISMO (1) - A VIDA GELADA DOS NÓMADAS DO ÁRTICO RUSSO

nomadismo é a prática dos povos nômadas,ou seja,que não têm uma habitação fixa, que vivem permanentemente mudando de lugar.
Usualmente são os povos do tipo caçadores-coletores ou pastores, mudando-se a fim de buscar novas pastagens para o gado, quando se esgota aquela em que estavam. Os nômadas não se dedicam à agricultura e frequentemente ignoram fronteiras nacionais na sua busca por melhores pastagens.
A maioria dos antigos povos nômadas tornaram-se sedentários com a descoberta da agricultura. No entanto, ainda hoje subsistem sociedades nômadas, como algumas tribos de tuaregues do Sahara.
O nomadismo na economia recolectora era motivado pela deslocação das populações que, na procura constante de alimentos, acompanhavam as movimentações dos próprios animais que pretendiam caçar, procuravam os locais onde existiam frutos ou plantas para recolher ou necessitavam de se defender das condições climáticas ou dos predadores. Este tipo de nomadismo manteve-se entre as comunidades que persistiram no modo de produção recolector.

Há, portanto, uma diferença básica entre este tipo de nomadismo e o nomadismo coincidente com o início da criação de gado. Alguns povos, eventualmente por razões de natureza ambiental ou por ao longo dos anos se terem afastado dos agricultores, preferiram um tipo de vida exclusivamente dedicado à criação de ovelhas, cabras, bovinos e outros animais. A pastorícia implica uma frequente deslocação dos animais criados em função dos recursos naturais existentes ou para possibilitar a renovação da flora. Em consequência da sua constante mobilidade, os nómadas não produziam, em geral, qualquer espécie de cerâmica, que tinham de obter por troca.
Na Ásia Central e Setentrional a população optou e continuou com o seu estilo de vida característico dos nómadas, mudando frequentemente os seus locais de acampamento. Ampliou-se com o avanço e a diversificação da criação de gado e tem sobrevivido até aos nossos dias sem modificações assinaláveis. É o caso das tribos nómadas mongóis, a viverem em regiões onde a vegetação típica das estepesproporciona boas pastagens com condições naturais para a manutenção de grandes rebanhos.
Na Índia uma cultura nómada de caçadores destacou-se na domesticação e criação de animais. Grupos de pequenas famílias ou comunidades, atravessavam os rios utilizando jangadas, cobriam o corpo com peles de animais e usavam equipamento de caça como o arco e a flecha com micrólitos na ponta.
No Saara uma economia de pastoreio nómada mais desenvolvida pode ter sido também uma consequência da desertificação crescente. Na África Oriental, fenómenos como a dessecação dos lagos, onde eram abundantes os recursos alimentares, alterou a fixação das populações que passaram a um regime de pastoreio nómada que permaneceu até tempos recentes.

 Uma Litografia de 1848 mostrando nômades Ghilzai no Afeganistão.
 Pastores nômadas acampando perto deNamtso em 2005. Aproximadamente 40% da população do Tibete é nômada ou semi-nômada.[
Família Sami da Noruega, cerca de 1900. Os povos nômades árticos e subárticos criam renas há séculos
wikipédia


 OS NÓMADAS DO ÁRTICO
O fotógrafo Sasha Leahovcenco arriscou uma gelada viagem até à região de Chukotka, no norte da Rússia, para fotografar os nómadas do Ártico no seu dia-a-dia. Segundo Leahovcenco, que teve de suportar temperaturas de -45ºC, esta foi a primeira vez que a família foi fotografada. Assim, e como Sasha levou uma impressora digital, eles puderam ver-se, pela primeira, em retrato.

Leahocvenco fotografou os homens, mulheres e crianças de Chukotka, ouviu as suas histórias e aventuras de séculos e séculos de tradições imutáveis. Veja algumas das fotos.
















greensavers.sapo.pt

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