Agora que se confirma que um número significativo de intelectuais ditos de esquerda é euro-liberal, olhando de cima para a populaça ignara, acho que é altura de fazer uma proposta para os próximos referendos, incluindo o britânico, se o tal projecto medo vencer, garantindo resultados racionais e minimizando as emoções dúbias a que os de baixo são atreitos.
Antes, porém, devo notar que o liberalismo dominante só se conciliou com a democracia tardiamente, ao longo do século XX, sendo essa conciliação altamente forçada pelos de baixo e relutante, procurando muitos, desde cedo, pensar em entraves institucionais à perigosa expressão da soberania popular e dos direitos socioeconómicos que lhe estiveram associados. A UE é um desses eficientes entraves no continente.
No espírito da sua conservação, e em linha parcial com propostas e práticas liberais do passado, proponho a reinstituição do voto plural para os próximos referendos. Qualquer coisa deste género: todos têm direito a um voto, claro, estamos no século XXI, mas à medida que se sobe nos rendimentos, nos últimos três decis, tem-se direito a mais um voto por decil e o último percentil, lá bem cima, a mais um; os jovens, entre os 18 e os 40, a mais um; os que vivem em cidades a mais um; os que têm a licenciatura ou mais graus a mais um (um por grau adicional); os que recebem ou receberam dinheiros da UE a mais um (aqui há uma distorção ao espírito da tradição, mas é de euro-liberalismo que se trata).
Por exemplo, um jovem professor da London Business School, com consultorias na banca da City londrina, doutorado em finanças, teria direito a 11 votos. Um velho operário reformado de uma vila pós-industrial, perdida lá no norte de Inglaterra, teria direito a um e já seria bem bom. Isto poder ser adaptado e simplificado, claro. É fazer os estudos por país, parece que ainda há realidades nacionais distintas, garantindo que o resultado seja sempre o racional. Por exemplo, no sul da Europa, os jovens não são de confiar.
Em alternativa, é sempre possível promover golpes de estado, dos financeiros, como na Grécia do oxi, ou dos outros. Esta opção é tendencialmente só para o sul da Europa, claro.
Antes, porém, devo notar que o liberalismo dominante só se conciliou com a democracia tardiamente, ao longo do século XX, sendo essa conciliação altamente forçada pelos de baixo e relutante, procurando muitos, desde cedo, pensar em entraves institucionais à perigosa expressão da soberania popular e dos direitos socioeconómicos que lhe estiveram associados. A UE é um desses eficientes entraves no continente.
No espírito da sua conservação, e em linha parcial com propostas e práticas liberais do passado, proponho a reinstituição do voto plural para os próximos referendos. Qualquer coisa deste género: todos têm direito a um voto, claro, estamos no século XXI, mas à medida que se sobe nos rendimentos, nos últimos três decis, tem-se direito a mais um voto por decil e o último percentil, lá bem cima, a mais um; os jovens, entre os 18 e os 40, a mais um; os que vivem em cidades a mais um; os que têm a licenciatura ou mais graus a mais um (um por grau adicional); os que recebem ou receberam dinheiros da UE a mais um (aqui há uma distorção ao espírito da tradição, mas é de euro-liberalismo que se trata).
Por exemplo, um jovem professor da London Business School, com consultorias na banca da City londrina, doutorado em finanças, teria direito a 11 votos. Um velho operário reformado de uma vila pós-industrial, perdida lá no norte de Inglaterra, teria direito a um e já seria bem bom. Isto poder ser adaptado e simplificado, claro. É fazer os estudos por país, parece que ainda há realidades nacionais distintas, garantindo que o resultado seja sempre o racional. Por exemplo, no sul da Europa, os jovens não são de confiar.
Em alternativa, é sempre possível promover golpes de estado, dos financeiros, como na Grécia do oxi, ou dos outros. Esta opção é tendencialmente só para o sul da Europa, claro.
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