Na convenção do Bloco de Esquerda, Catarina Martins deu como certo que as visitas quinzenais dos desempregados aos centros de emprego vão terminar. Governo é menos taxativo.
A discussão está na mesa, mas para o Governo uma coisa é certa: o controlo dos desempregados com subsídio através de apresentações periódicas é para manter.
Em declarações ao jornal Público, o secretário de Estado do Emprego defende que o mecanismo é importante para controlar a fraude. A partir daqui já é muito vago. Deixa em aberto a periodicidade das apresentações, até agora de 15 em 15 dias, ou seja, pode ser a intervalos maiores e nada diz sobre a penalização a quem não comparecer.
A falta de comparência foi, no ano passado, a segunda maior causa de perda do subsídio de desemprego, com 61% dos desempregados a perderem a prestação social por não comparecerem à convocatória do centro de emprego e 22% por não se apresentarem para controlo quinzenal.
A mudança que aí vem, diz Miguel Cabrita, vai resultar num acompanhamento mais eficaz e menos burocrático dos desempregados. Com maior apoio à procura de trabalho e à formação para procurar trabalho. Isto vai implicar deslocações periódicas aos centros de emprego. Diz o secretário de Estado que as deslocações que vão ser intercaladas com a apresentação periódica.
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