Esta foi uma das emanas políticas mais hilariantes da democracia portuguesa, um primeiro-ministro forma um governo convidando ministros para um mês e que discursa afirmando que tem um mandato para quatro anos, um presidente que se recusa a dar posse a um governo de esquerda mas discursa na posse do governo de direita já falando para o futuro governo de esquerda.
Pela primeira vez em democracia o presidente do parlamento foi eleito de forma transparente e democrática, sem acordo de bastidores, sem candidatos já eleitos. Só é pena que personalidades como António Barreto que apostaram tudo numa divisão do PS se tenham esquecido de elogiar os deputados que em vez de terem votado em Negrão em obediência a tradições, optaram por escolher quem entenderam que devia presidir ao parlamento. Depois de perceber que não tinha condições para governar a direita ainda sonhou controlar a presidência do parlamento e com isso perturbar os trabalhos parlamentares.
Assunção Cristas deu uma entrevista ao Observador dizendo que seguiu o exemplo de Jesus Cristo ao meter-se na política tendo de se dar com gente menos recomendável. Com a sua saída do governo a senhora tem agora muito tempo para as suas missas e para continuar a dar-se com gente menos recomendável, da política ou de fora da política.
Assis vai reunir a direita do PS porque discorda de um governo do seu partido viabilizado pelo parlamento. Agora ficamos a aguardar onde é que vai meter-se para ver se leva duas galhetas e ganha a notoriedade que as suas qualidades políticas não lhe permitem alcançar.
jumento.blogspot.pt
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