Professor Reza Aslan
Ante a generalização que recai em discriminação das pessoas que professam o islamismo, tão comum nestes tempos, as palavras do académico Reza Aslan "podem" ser um exemplo de razão e clareza (mais ao final deste artigo você vai entender o porquê eu utilizei aspas na palavra "podem"). Em uma entrevista à CNN que viralizou pelo contexto atual, Aslan respondeu de forma contundente e elucidativa à pergunta “O islão promove a violência?” dizendo: |
- "O Islão não promove a violência ou a paz. O Islão é só uma religião e como qualquer outra religião depende do que cada pessoa pensa. Se for uma pessoa violenta, seu islamismo, seu judaísmo, seu cristianismo, seu hinduismo vai ser violento. Há monges budistas ambulantes em Myanmar que assassinam crianças e mulheres. Então o budismo promove a violência? Claro que não. As pessoas são violentas ou pacíficas e isso depende de suas políticas, o mundo social no qual vivem e a forma em que vêem suas comunidades."
Talvez teria que comentar que estas religiões em seus princípios sim promovem a paz, mas como diz Aslan, é a forma em que as pessoas se relacionam com as religiões, as interpretam e usam para formar núcleos de coesão social que os separam de outros núcleos gerando a violência.
As críticas sobre os muçulmanos também foram abordadas:
- "Este é o problema. As conversas que estamos tendo não são legítimas em nenhum sentido. Não estamos falando das mulheres no mundo muçulmano. Estamos usando dois ou três exemplos para justificar essa generalização. Isso é de fato a definição do fundamentalismo… O problema é que está falando de uma religião de 1m5 biliões de pessoas e certamente se torna fácil simplesmente metê-los no mesmo saco. Dizemos: “As mulheres na Arábia Saudita não podem conduzir”, e dizer isso é representativo de todo o Islão. Mas não, isso só representa as condições da Arábia Saudita".
O mesmo ocorre com a mutilação genital feminina, que claramente não é um problema muçulmano senão que centro-africano, e que ocorre em países cristãos também. Do mesmo modo existem nações muçulmanas em que existe liberdade para as mulheres -como a Indonésia e Turquia- comparável com as sociedades ocidentais, incluindo países que têm a mulheres como suas primeiras mandatárias.
Aslan também diz que os Estados Unidos julga de maneira diferente a diferentes nações muçulmanas, por exemplo, Arábia Saudita, que é sua aliada, mas que é de fato o país mais extremista de todos os islâmicos. Assim a cada situação, a cada nação e a cada ato devem ser entendidos e julgados de maneira particular, não generalizando as coisas como um problema religioso ou islâmico.
Mas o problema é que o fundamentalismo islâmico vive na idade das trevas e quer por que quer ser o chicote do mundo. Pese que seja um pequeno grupo dentro do islamismo, eles fazem muito barulho e também causam muitos estragos, como é possível atestar que um grupo de terroristas e assassinos cortadores de cabeças do daesh tenham conseguido o status de Estado.
As críticas sobre os muçulmanos também foram abordadas:
- "Este é o problema. As conversas que estamos tendo não são legítimas em nenhum sentido. Não estamos falando das mulheres no mundo muçulmano. Estamos usando dois ou três exemplos para justificar essa generalização. Isso é de fato a definição do fundamentalismo… O problema é que está falando de uma religião de 1m5 biliões de pessoas e certamente se torna fácil simplesmente metê-los no mesmo saco. Dizemos: “As mulheres na Arábia Saudita não podem conduzir”, e dizer isso é representativo de todo o Islão. Mas não, isso só representa as condições da Arábia Saudita".
O mesmo ocorre com a mutilação genital feminina, que claramente não é um problema muçulmano senão que centro-africano, e que ocorre em países cristãos também. Do mesmo modo existem nações muçulmanas em que existe liberdade para as mulheres -como a Indonésia e Turquia- comparável com as sociedades ocidentais, incluindo países que têm a mulheres como suas primeiras mandatárias.
Aslan também diz que os Estados Unidos julga de maneira diferente a diferentes nações muçulmanas, por exemplo, Arábia Saudita, que é sua aliada, mas que é de fato o país mais extremista de todos os islâmicos. Assim a cada situação, a cada nação e a cada ato devem ser entendidos e julgados de maneira particular, não generalizando as coisas como um problema religioso ou islâmico.
Mas o problema é que o fundamentalismo islâmico vive na idade das trevas e quer por que quer ser o chicote do mundo. Pese que seja um pequeno grupo dentro do islamismo, eles fazem muito barulho e também causam muitos estragos, como é possível atestar que um grupo de terroristas e assassinos cortadores de cabeças do daesh tenham conseguido o status de Estado.
De qualquer formam as declarações de Aslan podem ser consideradas importantes palavras em um mundo que precisa de mais tolerância para provocar menos violência. Refletir primeiro sobre as atitudes internas que geram violência, antes de culpar os demais de seus actos violentos.
Sem dúvida existem grupos fundamentalistas que se desprendem do Islão e são actualmente um perigo para a segurança de muitos países, mas também há muito fundamentalismo em nossas sociedades ocidentais e um dos principais é o fundamentalismo secular, que não tolera a expressão religiosa em toda sua diversidade.
Sem dúvida existem grupos fundamentalistas que se desprendem do Islão e são actualmente um perigo para a segurança de muitos países, mas também há muito fundamentalismo em nossas sociedades ocidentais e um dos principais é o fundamentalismo secular, que não tolera a expressão religiosa em toda sua diversidade.
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