A percentagem de portugueses e europeus dispostos a irem para a guerra em defesa do seu país não chega a um terço no caso dos nacionais, com o número de potenciais 'voluntários' a equivaler a um quarto na média europeia, indicam os resultados de um estudo envolvendo mais de 60 países.
«Se houvesse uma guerra que envolvesse o seu país, estaria disposto a lutar pelo seu país?"», foi a pergunta que a Win Gallup International, network internacional que engloba a Marktest, colocou aos habitantes de seis dezenas de países do mundo.
Em termos globais, 60% dos inquiridos respondeu afirmativamente a esta questão, 27% negativamente e 12% não soube ou não quis responder à pergunta colocada.
Estes resultados «têm no entanto diferenças muito significativas entre os vários países em análise», refere uma nota da Marktest sobre os resultados do estudo.
Portugal está entre os 13 onde é menor a percentagem dos que respondem afirmativamente à questão colocada, com 28% a referir que lutariam pelo país em caso de guerra, 47% a indicar que não o fariam e 24% a não responder à questão.
Analisando as respostas dos que se dizem dispostos a lutar pelo seu país em caso de guerra, Fiji, Marrocos, Paquistão, Vietname ou Bangladesh lideram, com mais de 85% dos residentes nestas regiões a responder afirmativamente à pergunta.
Na base da lista encontramos o Japão, onde apenas 11% dos inquiridos estariam dispostos a lutar pelo seu país em caso de guerra (43% não lutaria e 47% não sabe ou não responde), assim como Holanda (15% lutaria), Alemanha (18%), Bélgica (19%) e Itália (20%).
Por grandes regiões, «é na Europa ocidental que menos entrevistados referem estar dispostos a lutar pelos seus países em caso de guerra», apenas um em cada quatro o disse. 53% deu uma resposta negativa a esta pergunta enquanto 21% não soube ou não quis responder. Pelo contrário, refere a mesma fonte, as respostas positivas mais enfáticas foram encontradas nos países do Médio Oriente e Norte de África, regiões onde 77% dos inquiridos estariam dispostos a lutar pelo seu país em caso de guerra, face a 18% que não o faria tendo apenas 6% não respondido à questão.
O estudo da Win Gallup foi realizado entre Outubro e Novembro de 2014, junto de uma amostra de 64 909 entrevistados, residentes em 65 países de todas as regiões do Mundo. Em Portugal, a recolha de informação foi feita online, envolvendo um milhar de entrevistados.
Fonte: Diariodigital.sapo.pt
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