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sexta-feira, 1 de maio de 2015

As 6 maiores tragédias ocorridas em circos

As 6 maiores tragédias ocorridas em circos

6. O ataque da elefanta Tyke
Durante boa parte do século XX o circo era um dos principais divertimentos nos Estados Unidos, mas poucos visitavam as ilhas do Havaí devido aos altos custos da viagem. Ainda assim a capital Honolulu teve o seu circo com direito aos palhaços, malabaristas, acrobatas aéreos e até mesmo uma elefanta chamada Tyke.
No dia 20 de agosto de 1994 centenas de espectadores assistiram Tyke matar o treinador Allen Campbell e ferir uma de suas assistentes. A elefanta então fugiu da arena e correu pelas ruas por meia hora, ferindo outro homem antes de finalmente ser abatida pelos policiais. Foram necessários 86 tiros para derrubar o animal. No YouTube é possível assistir ao vídeo do ataque da elefanta Tyke.
5. O misterioso incêndio no Ringling Brothers
Quase sete mil pessoas estavam no Ringling Brothers e Barnum & Bailey Circus no dia 6 de julho de 1944, na cidade de Hartford em Connecticut, quando um pequeno incêndio teve início. Rapidamente os espectadores foram alertados, mas o pânico tomou conta da multidão. A tenda do circo era impermeabilizada com aproximadamente 800 quilos de parafina dissolvidos em mais de 20 mil litros de gasolina, quando as chamas se espelharam a parafina fervente “choveu” sobre o público e a tenda desmoronou.
O número de vítimas não é exato, mas aproximadamente 168 pessoas morreram e mais de 700 ficaram feridas. A origem do fogo nunca foi esclarecida e alguns sugeriram que um cigarro poderia ter iniciado a tragédia. Vários anos mais tarde um homem chamado Robert Dale Segee disse ser culpado, mas nunca foi julgado e assim retirou a confissão, fazendo com que o incêndio voltasse e ser um mistério.
4. Um menino atacado e devorado pelos leões
José Miguel dos Santos Fonseca Júnior era um garoto de apenas 6 anos no dia 9 de abril de 2000, quando assistia junto com seu pai e sua irmã aos espetáculos do Circo Vostok instalado no estacionamento do Shopping dos Guararapes, em Recife. Foi anunciado um intervalo de 20 minutos nas apresentações, José e sua família aproveitaram esse tempo tirar fotos com os animais, mas quando estavam retornando aos seus lugares um dos leões colocou a pata para fora da jaula e puxou o menino através das grades quebrando vários ossos do corpo.
Ele foi arrastado até o picadeiro e em frente ao público José foi dilacerado e outros leões começaram a devorá-lo, um deles levou o garoto até a caçamba onde os animais ficam guardados e mais leões o atacaram. Ele teve o pescoço quebrado, um braço arrancado do corpo e as vísceras ficaram expostas. A Polícia Militar matou quatro dos animais, o único sobrevivente foi um filhote com 7 meses de idade que vive hoje no jardim zoológico de Recife. A necropsia dos felinos revelou que eles não eram alimentados a 3 dias e investigações mostraram que as jaulas eram ridiculamente frágeis.
3. O desastre com o Circo Wallace Hagenbeck
O Circo Wallace Hagenbeck viajou por vários lugares da América no início do século XX e no seu auge era considerado o segundo maior circo do continente americano. Por causa da grande quantidade de artistas, animais e equipamentos o circo utilizava um trem como principal meio de transporte.
Na madrugada de 22 de junho de 1918 o circo fazia mais uma viagem quando foi atingido por outro trem. Alonzo Sargent era o maquinista da segunda locomotiva e havia dormido nos controles fazendo com que os dois comboios se chocassem a quase 60 quilômetros por hora. 127 pessoas ficaram feridas e 86 morreram, mas o circo se recuperou e continuou funcionando até 1938.
2. O dia em que enforcaram um elefante
Mary era uma fêmea de elefante que pesava 5 toneladas e pertencia ao Sparks Brothers Circus. No dia 11 de setembro de 1916 Red Eldridge, funcionário de um hotel, foi contratado como assistente do treinador de elefantes do circo. No dia seguinte Mary atacou e matou Eldridge, os detalhes e o motivo do ataque nunca foram esclarecidos. Charlie Sparks e seu circo foram proibidos de entrar em outras cidades, então ele decidiu enforcar o animal, transformando a morte de Mary em um espetáculo público.
No dia 13 de setembro ela foi transportada até a cidade de Erwin no Tennessee, onde mais de 2500 pessoas se reuniram para assistir a execução. Um guindaste industrial montado na Estrada de Ferro Clinchfield foi utilizado para realizar o enforcamento, mas na primeira tentativa a corrente arrebentou, a elefanta caiu e quebrou o quadril. Na segunda tentativa foram necessários 30 minutos antes de o pobre animal ser declarado morto e então enterrado em local próximo dos trilhos. A autenticidade da foto seguinte não foi confirmada, pois só foi revelada na década de 1930 pelo jornal Kingsport Times.
1. O incêndio no Gran Circus Norte-Americano
O Gran Circus Norte-Americano estreou em Niterói no dia 15 de dezembro de 1961. Os anúncios afirmavam que era o maior circo da América Latina, com cerca de 60 artistas e 150 animais. Para a montagem da tenda foram contratados 50 trabalhadores, entre eles estava Adílson Marcelino Alves que tinha antecedentes por roubo e apresentava problemas mentais. Dois dias depois Adílson acabou demitido e mais tarde foi agredido pelo tratador de elefantes ao tentar entrar escondido no circo, ele chegou a reagir e jurou vingança. Na tarde de 17 de dezembro de 1961 Adílson e dois comparsas, José dos Santos e Walter Rosa dos Santos, decidiram colocar fogo na tenda.
O espetáculo estava quase acabando quando um trapezista percebeu o incêndio e alertou as 3000 pessoas na platéia, mas em menos de 10 minutos o lugar foi completamente devorado pelo fogo. 372 pessoas morreram na hora quando a lona de 6 toneladas desabou. Nos dias que se seguiram vários feridos faleceram nos hospitais da região elevando para 500 o número de vítimas fatais, 70% delas eram crianças. Foi um dos piores incêndios do Brasil e a pior tragédia na história dos circos. Adílson foi condenado a 16 anos de prisão e a mais 6 anos de internação em um manicômio judiciário, mas foi misteriosamente assassinado em 1973. José foi condenado a 14 anos de prisão e mais dois anos em colônia agrícola, Walter recebeu 16 anos de condenação e mais um ano também em uma colônia agrícola.

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