AVISO

OS COMENTÁRIOS, E AS PUBLICAÇÕES DE OUTROS
NÃO REFLETEM NECESSARIAMENTE A OPINIÃO DO ADMINISTRADOR DO "Pó do tempo"

Este blogue está aberto à participação de todos.


Não haverá censura aos textos mas carecerá
obviamente, da minha aprovação que depende
da actualidade do artigo, do tema abordado, da minha disponibilidade, e desde que não
contrarie a matriz do blogue.

Os comentários são inseridos automaticamente
com a excepção dos que o sistema considere como
SPAM, sem moderação e sem censura.

Serão excluídos os comentários que façam
a apologia do racismo, xenofobia, homofobia
ou do fascismo/nazismo.

quinta-feira, 28 de maio de 2015

DECLARAÇÃO DE JOÃO OLIVEIRA, PRESIDENTE DO GRUPO PARLAMENTAR, LISBOA, APRESENTAÇÃO DE MOÇÃO DE CENSURA AO GOVERNO PCP (vídeo)


DECLARAÇÃO DE JOÃO OLIVEIRA, PRESIDENTE DO 


GRUPO PARLAMENTAR, LISBOA, APRESENTAÇÃO DE 


DE CENSURA AO GOVERNO



PCP apresenta Moção de Censura ao Governo


vídeo




É hoje indesmentível que a maioria existente na Assembleia da República apenas se pode manter contra a vontade dos portugueses e não corresponde às suas opções políticas e eleitorais.
É hoje indesmentível que manter em funções este Governo e esta maioria parlamentar é impor aos portugueses aquilo que pela luta e pelo voto os portugueses já disseram não querer.
É indesmentível que manter em funções este Governo apenas contribuirá para deteriorar a situação política e impedir o regular funcionamento das instituições.
O permanente confronto e desrespeito do Governo pela Constituição da República Portuguesa;
A mais grave situação nacional desde os tempos do fascismo com o afundamento económico e social do país e o empobrecimento e exploração do povo e dos trabalhadores;
As perspectivas de agravamento desse rumo de afundamento e declínio nacional afirmadas pelo Governo na estratégia de médio prazo assente no DEO e no Guião para a reforma do Estado;
Por outro lado, a afirmação pelos portugueses, nas eleições de ontem e na luta travada nos últimos anos, de que não querem este governo e esta política de exploração e empobrecimento e o indesmentível isolamento social e político em que se encontram hoje o governo e os partidos que o apoiam, são elementos que tornam insustentável manter tudo na mesma e exigem que se retirem as devidas consequências políticas e institucionais não só do resultado eleitoral ontem afirmado pelos portugueses mas também da luta que os trabalhadores e o povo têm travado contra este Governo e a sua política.
As consequências políticas e institucionais da censura eleitoral, política e social afirmada pelo povo português são naturalmente a demissão do Governo, a dissolução da Assembleia da República e a convocação de eleições legislativas antecipadas, a que o PCP corresponde com a presente moção de censura.
O PCP apresenta esta moção de censura com os objectivos imediatos da demissão do Governo e da convocação de eleições legislativas antecipadas mas com objetivo mais amplo de afirmar a ruptura com a política de direita e abrir caminho a uma política alternativa, patriótica e de esquerda que corresponda às aspirações e anseios dos trabalhadores e do povo.
Uma política patriótica e de esquerda que assuma:
• a devolução de salários, pensões, prestações sociais e direitos roubados;
• a rejeição dos condicionalismos externos e a renegociação da dívida nos seus montantes, juros, prazos e condições de pagamento de forma a permitir o crescimento económico e a melhoria das condições de vida;
• a defesa e o aumento da produção nacional, a recuperação para o Estado do sector financeiro e de outras empresas e sectores estratégicos, o aumento do investimento público e o fomento da procura interna;
• a valorização efectiva dos salários e pensões;
• a opção por uma política orçamental e fiscal de aumento da tributação dos dividendos e lucros do grande capital e de alívio dos trabalhadores e das pequenas e médias empresas;
• uma política de defesa e recuperação dos serviços públicos, em particular nas funções sociais do Estado (saúde, educação e segurança social);
• a assunção de uma política soberana e a afirmação do primado dos interesses nacionais nas relações com a União Europeia.
Perante a censura política, social e eleitoral afirmada pelo povo português, seria impensável poupar o Governo a uma moção de censura.
É obrigação dos partidos que apoiam o Governo aceitar a vontade dos portugueses que, pela luta e pelo voto, afirmaram a rejeição deste Governo e desta política. Caso PSD e CDS-PP se recusem a aceitar as consequências da derrota eleitoral, política e social que lhes foi imposta pelo povo e insistam em manter-se agarrados ao poder, será então responsabilidade do Presidente da República fazer cumprir a Constituição da República Portuguesa dissolvendo a Assembleia da República e convocando eleições legislativas antecipadas.
Qualquer outra resposta à situação política em que nos encontramos não traduzirá nem respeitará a vontade manifestada pelo povo português, apenas contribuindo para a deterioração da situação política, económica e social do país.

Sem comentários: