Rússia entregou à UE lista com 89 pessoas proibidas de entrar no país
30/05/2015
A Rússia entregou neste sábado (30) à embaixada da União Europeia (UE) em Moscou uma lista com os nomes das 89 pessoas que estão proibidas de entrar no país, o que causou um grande mal-estar diplomático no continente europeu.
Um porta-voz da representação diplomática da UE confirmou a entrega à agência oficial "RIA Novosti" e acrescentou que o Ministério das Relações Exteriores da Rússia não explicou os motivos pelos quais as pessoas foram incluídas na relação.
A Comissão Europeia informou ontem sobre a existência de uma lista negra de personalidades da comunidade europeia que já estão proibidas de entrar em território russo.
De acordo com a imprensa europeia, figuram entre os nomes o ex-primeiro-ministro da Bélgica, Guy Verhofstadt, e os eurodeputados da Bélgica, Mark Demesmaeker, e da Holanda, Hans van Baalen. Outros que estão na relação são o ex-vice-primeiro-ministro do Reino Unido, Nick Clegg, e o filósofo francês Bernard-Henry Levy.
A lista negra russa é formada, em grande parte, por políticos dos três países bálticos - Lituânia, Letônia e Estônia - e da Polônia, os principais críticos da anexação da Crimeia e da ingerência russa no conflito da Ucrânia.
O escândalo foi revelado na sexta-feira, quando a Rússia impediu a entrada de Verhofstadt no país. O belga é atual líder do grupo dos liberais no parlamento Europeu.
O presidente do parlamento Europeu, Martin Schulz, afirmou hoje que pedirá explicações ao embaixador da Rússia na União Europeia sobre o caso.
Schulz afirmou que a lista é inaceitável e será interpretada como uma represália contra as sanções adotadas contra cidadãos russos e ucranianos pró-Rússia, como o congelamento de ativos bancários e rejeição de vistos.
A lista está sendo interpretada como uma represália às sanções impostas pela UE à Rússia por causa da anexação da Crimeia e da ingerência do Kremlin no conflito do leste da Ucrânia.
O Serviço de Ação Exterior da UE (SEAE), comandado pela alta representante da UE, Federica Mogherini, explicou que nos últimos meses "vários políticos europeus" foram retidos na alfândega russa.
G1
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