20 abril 2015,
A Mota-Engil revelou esta segunda-feira que ganhou a adjudicação “de vários contratos em África, América Latina e Portugal num valor global de 713 milhões de euros, dos quais cerca de 68% contratados com clientes privados, incluindo a empresa brasileira Vale, com a qual foram celebrados contratos num montante de 333 milhões de euros”.
Em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a construtora adiantou que em África assegurou adjudicações em seis mercados diferentes: Angola, Malawi, Moçambique, São Tomé e Príncipe, África do Sul e Ruanda. Em causa está um valor total de 565 milhões de euros, sendo que só em Moçambique foram celebrados contratos no valor total de 233 milhões de euros.
Em Angola a empresa viu serem-lhe adjudicadas obras no valor de 115 milhões de euros, no Malawi de 109 milhões, em São Tomé e Príncipe de 13, na África do Sul de 69 e no Ruanda de 26.
Já na América Latina, a Mota-Engil, através da sua participada no Brasil, a Empresa Construtora Brasil, conseguiu uma obra no valor de 117 milhões de euros. “A obra consiste na execução da infraestrutura e das obras de arte especiais da duplicação da ferrovia Ferro de Carajás, numa extensão de 40 quilómetros no Estado do Maranhão, para a empresa brasileira Vale, num projeto com um prazo de 21 meses”, explicou.
De referir ainda que em Portugal a Mota-Engil ganhou contratos no montante de cerca de 30 milhões de euros.
Lucros de 51 milhões de euros em 2014
Num outro comunicado enviado à CMVM, relativo à apresentação de resultados de 2014, a construtora portuguesa revelou que o seu volume de negócios atingiu 2,4 mil milhões de euros, dos quais 45% se encontram em África.
“No ano de 2014 as vendas e prestação de serviços registaram um aumento de 2,4% face ao ano de 2013, tendo atingido 2.368 milhões de euros. Este aumento deveu-se essencialmente à aceleração das atividades nas regiões de África e da América Latina. De facto, em 2014 as vendas e prestação de serviços aumentaram em África 5,2% para 1.062 milhões de euros e na América Latina 26,1% para 537 milhões de euros enquanto na Europa aumentaram apenas 2,2% para 931 milhões de euros”, esclarece a Mota-Engil.
No que diz respeito ao EBITDA, aumentou 13% para 409 milhões de euros, “traduzindo-se numa margem de 17%”. Já o resultado líquido foi de 51 milhões de euros e está “em linha com 2013”, refere a empresa.
Relativamente à carteira de encomendas, atingiu 4,4 mil milhões de euros, “dos quais 45% e 32% na América Latina e em África, respetivamente”.
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