Privatize-se o cachucho, o Eusébio e a Amália
Nos dois últimos anos, o Oceanário deu lucro de 1,5 milhões de euro por ano. As previsões apontam para um crescimento das receitas nos próximos anos.
O que decidiu fazer o governo? O mesmo que faz com todas as empresas que dão lucro: entregar as mais valias ao sector privado.
Moreira da Silva, ministro do Ambiente, esclareceu que o governo decidiu concessionar a exploração do Oceanário por um período nunca inferior a 30 anos, estimando que o Estado arrecade uma verba a rondar os 40 milhões de euros. Basta fazer as contas para se perceber que é um negócio do caraças para o concessionário, mas Moreira da Silva quis descansar os portugueses e garantiu que o edifício, a água e os peixes continuarão a pertencer ao estado. Acho mal! Deviam privatizar também o cachucho, o Eusébio e a Amália, porque sempre davam mais uns trocos.
Alto e pára o baile! Quando sugiro a privatização do Eusébio e da Amália, refiro-me às lontras do Oceanário - também já falecidas - não aos que estão a caminho do Panteão Nacional. A privatização desse lugar de luxúria, demonstração inequívoca de que continuamos a viver acima das nossas possibilidades, sustentando um monumento que só serve para alojar mortos*é matéria que será tratada pelo próximo governo PSD/CDS.
*Quem será o ministro escolhido para proferir esta frase?
cronicasdorochedo.blogspot.pt
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