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quinta-feira, 30 de abril de 2015

Ministério Público acusa 12 arguidos de corrupção em obras do Ministério da Administração Interna

Ministério Público acusa 12 arguidos de corrupção em 

obras do Ministério da Administração Interna

O ex-director-geral de Infra-estruturas e Equipamentos do Ministério da Administração Interna (MAI) é um dos acusados pelo Ministério Público de corrupção. Segundo a acusação, o Estado foi lesado em 909 mil euros.
João Alberto Correia foi detido em Abril de 2014 por indícios de corrupção e participação económica em negócio. Ficou em prisão preventiva e agora foi acusado pelo Ministério Público. O ex-director-geral de Infra-estruturas e Equipamentos do Ministério da Administração Interna (MAI) e mais onze arguidos. São todos acusados.
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De acordo com o comunicado da Procuradoria-Geral da República, que confirma a notícia avançada durante a tarde pelo DN, "aos arguidos foram imputados, na acusação, vários crimes de corrupção activa e passiva, participação económica em negócio, branqueamento, abuso de poder e falsificação de documento".

João Alberto Correia, que estava em prisão preventiva, vai agora aguardar julgamento em prisão domiciliária, com vigilância electrónica.

Segundo o Ministério Público, "ficou indiciado que os arguidos actuaram concertadamente no sentido de beneficiar determinados empresários, mediante a adjudicação de contratos públicos em violação das normas da contratação pública e em prejuízo do princípio da livre concorrência".

O Ministério Público acrescenta mesmo que os prejuízos financeiros para o Estado poderão ser superiores a 909,6 mil euros, já que "os valores cobrados foram intencionalmente inflaccionados de modo a permitir a obtenção de mais-valias indevidas para os arguidos, incluindo o ex-Director-Geral da Direcção Geral de Infra-estruturas e Equipamentos". Além da acusação, já foi feito o pedido de indemnização para reparação de prejuízos ao Estado.

A detenção de João Alberto Correia ocorreu, em Abril de 2014, depois de buscas à Direcção-geral de Infra-estruturas e Equipamentos do MAI, que gere o património imobiliário do ministério e executa as obras necessárias. Foi recolhida, segundo o comunicado agora emitido, "grande quantidade de documentos", tendo também sido inquiridas "cerca de sete dezenas de testemunhas".

Na altura da detenção, o MAI informou que o então ministro Miguel Macedo (que pediu a demissão na sequência do caso dos vistos Gold) enviou para o Ministério Público factos "com eventual relevância criminal" relacionados com a auditoria realizada pela inspecção-geral. 

João Alberto Correia já não estava na direcção-geral, uma vez que se tinha demitido em Fevereiro, depois de ter transitado do Governo de José Sócrates. Foi exonerado a seu pedido, explicando, então, a saída por divergências políticas com Fernando Alexandre. No entanto, o Negócios, nessa ocasião, avançou que a saída tinha sido precipitada por recaírem sobre o arquitecto várias suspeitas, nomeadamente de abuso de ajustes directos.

* Já existem efectivos suficientes para se constituir o Clube dos Vigários da Administração Pública, mais nomes irão surgir, é preciso ter calma.




apeidaumregalodonarizagentetrata.blogspot.pt

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