EDP distribui 676 milhões em dividendos pelos accionistas
A China Three Gorges, o maior accionista, recebe 144 milhões de euros de dividendos.Os accionistas da EDP aprovaram ontem, em vésperas do aval ao novo plano de negócios da eléctrica para o período de 2015-2017, a distribuição de mais de 676,4 milhões de euros em dividendos. Um bolo que garante ao seu maior accionista, a China Three Gorges, uma fatia de 144 milhões de euros.
"Os pontos da assembleia-geral foram aprovados com mais de 99,9% dos votos dos accionistas. Isto demonstra aquilo que é o apoio accionista aos resultados, estratégia e capacidade de entrega do nosso compromisso", disse o presidente da comissão executiva da EDP, António Mexia.
A empresa gerou no último exercício, 2013, lucros de cerca de mil milhões de euros.
Outro dos pontos em cima da mesa foi o congelamento da remuneração da comissão executiva do grupo para o período de 2014.
O gestor conserva assim o salário fixo de 600 mil euros por ano, de que beneficia desde 2006, ao qual acresce uma componente variável em função da performance financeira da empresa anual e plurianual. Um valor que, em 2013, foi de cerca de 250 mil euros. Quanto aos restantes administradores da comissão executivo continuarão a receber 80% do salário de António Mexia, a que acresce também uma parte variável.
Já Eduardo Catroga, presidente do conselho geral e de supervisão, órgão onde estão representados os accionistas de referência da empresa, assegura a manutenção de uma remuneração fixa 490.500 euros anuais.
Uma decisão que, segundo a proposta da Comissão de Vencimentos, que fixa o salário do Conselho Geral e de Supervisão, vai em linha com "as dificuldades que o país atravessa, em consequência da crise económica, financeira e social, e os desafios que o país tem pela frente no processo de saída do resgate em que se encontra".
A China Three Gorges é actualmente o maior accionista do grupo eléctrico português, com uma participação de 21,35%, seguido do fundo de investimento norte-americano Capital Group Companies e do Oppidum Capital, liderado pelo espanhol Masaveu, com 7,19%. Com a saída do grupo Espírito Santo e a redução da José de Mello para 2% da estrutura de capital da EDP, a lista de investidores de referência nacionais passou a contar apenas com os 2,62 do BCP
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