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quarta-feira, 14 de maio de 2014

BRUXELAS "AJUDA" KIEV A PAGAR A DÍVIDA DO GÁS

A União Europeia vai amortizar a dívida em atraso, depois da Gazprom ameaçar cortar o gás em Junho. FMI alerta que Kiev vai precisar de mais dinheiro.



Bruxelas ajuda Kiev a pagar a factura do gás

Bruxelas autorizou ontem o governo ucraniano a usar parte do empréstimo europeu para pagar a factura do gás à Rússia, um dia depois da Gazprom ter ameaçado cortar o fornecimento a 3 de Junho. "Esta ‘luz verde' representa um apoio ao orçamento ucraniano, para que o país consiga realizar os pagamentos necessários no sector da energia", disse o porta-voz da Comissão, Simon O'Connor durante a assinatura do acordo entre a União Europeia e a Ucrânia. Ontem, em Bruxelas, a UE formalizou um empréstimo de mil milhões de euros ao regime interino de Kiev. A delegação governamental reuniu-se ainda com o comissário da Energia, Gunther Öttinger, para debater o futuro energético, em particular a dependência ucraniana do gás e petróleo russos.
Segundo a estatal russa Gazprom, Kiev deve 2,52 mil milhões de euros pela factura do gás e precisa de pagar 1,21 mil milhões de euros para evitar o corte no início do próximo mês. "A dívida ucraniana já é considerável, e não há razões para não exigir o pré-pagamento", disse a estatal russa em comunicado. Os crescentes problemas financeiros da Ucrânia estão a ser acompanhados de perto pelo FMI. A directora-geral, Christine Lagarde, alertou em entrevista ao jornal alemão ‘Handelsblatt' que Kiev "vai precisar de muito mais do que os 12,4 mil milhões de euros" que a instituição internacional aprovou para o país no final de Abril.

A crise na frente política, no entanto, piora para o regime ucraniano. No momento em que Berlim parece assumir o papel de mediador, Frank-Walter Steinmeier, ministro dos Negócios Estrangeiros alemão, falhou ontem o diálogo política entre Kiev e as zonas rebeldes do Leste. Durante a tarde, o presidente Turchynov rejeitou que as regiões separatistas, Donetsk e Lugansk, sejam chamadas a negociar uma via de reconciliação nacional - uma das principais exigências de Moscovo para reconhecer as presidenciais marcadas para 25 de Maio. Após os referendos de domingo, e o apoio esmagador à independência, Donetsk e Lugansk iniciaram ontem um debate para unificar as duas regiões com o objectivo futuro de preparar a anexação à Rússia. A operação anti-terrorista de Kiev continua a causar baixas no terreno. Seis pára-quedistas perderam ontem a vida numa emboscada dos separatistas pró-russos entre Kramatorsk e Slaviansk, bastião rebelde.

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