AVISO

OS COMENTÁRIOS, E AS PUBLICAÇÕES DE OUTROS
NÃO REFLETEM NECESSARIAMENTE A OPINIÃO DO ADMINISTRADOR DO "Pó do tempo"

Este blogue está aberto à participação de todos.


Não haverá censura aos textos mas carecerá
obviamente, da minha aprovação que depende
da actualidade do artigo, do tema abordado, da minha disponibilidade, e desde que não
contrarie a matriz do blogue.

Os comentários são inseridos automaticamente
com a excepção dos que o sistema considere como
SPAM, sem moderação e sem censura.

Serão excluídos os comentários que façam
a apologia do racismo, xenofobia, homofobia
ou do fascismo/nazismo.

sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014

A MATANÇA DO PORCO - ATENÇÃO ALGUMAS FOTOS PODEM FERIR SUSCEPTIBILIDADES - Com a chegada do frio vinha o tempo das matanças de porco. Antes do advento das arcas frigoríficas, frio, salga e fumeiro eram os únicos factores de conservação de uma carne que tinha de dar para um ano inteiro, desempenhando um papel essencial no sustento (na mantença) das famílias rurais. Não admira por isso que os ciclos da matança tenham ganho contornos de festa, marcados por momentos de convívio, com rituais próprios e gastronomia adequada.
















www.cafeportugal.net




















2 comentários:

José Gonçalves Cravinho disse...

Uma das minhas recordações/de quando ainda era criança/é.do porco,a tradicional matança/segundo o costume dos aldeões. Até mesmo o pobre trabalhador/comprava na Feira o porquinho/e criava-o até com certo «amor»/p'ra matar e no inverno ter toucinho. O pobre camponês assalariado/trabalhando a terra de sol a sol/tinha de aceitar o salário minguado/seu nome de servo,estava mo rol. Meu pai que foi campesino/muitos trabalhos suportou/e p'rà «estranja» emigrou/buscando melhor destino.Trabalhou com martelo e foice/como operário assalariado/sendo dêste modo explorado/e sofrendo de muitos,o coice. Até mesmo os pequenos lavradores/que viviam dos seus rendimentos/criavam o porco sem constrangimentos/fazendo inveja a outros criadores. Assim o vizinho do Sítio do Cêrro/que também era pequeno lavrador/era empregado no Caminho de Ferro/tinha porcos gordos que eram um primor. E o pobre com dificuldade tentava/criar o seu porquito para matar/e se êste,com fome grunhia sem parar/ o pobre sem comida,varadas lhe dava. Quando chegava a época da matança/havia na Aldeia um alarido infernal/os grunhidos aflitivos do pobre animal/provocavam o meu chôro de criança. Do pobre,o mal alimentado porquito/pouca banha e toucinho poderia render/pois êle pesava tanto como um cabrito/ mal chegava p'rà família sobreviver.Não era o caso do Jaquim Bento/que estava nos Correios empregado/que podia contar com o seu ordenado/e tinha fazendas que davam rendimento. Hoje,tão distante do passado de criança/longe da minha Aldeia e na emigração/não sei se se mantém a bárbara tradição/ de tão cruel e desumana matança.

Garrochinho disse...

obrigado José pelas suas palavras. Um abraço fraterno