Acabou a festa pá
Agora que o milagre até já tinha chegado ao Finantial Times veio o FMI armado em desmancha-prazeres e estragou a festa, afinal tudo está por fazer, a consolidação é uma treta e a austeridade não é apenas um tique do homem de Massamá. O FMI disse o óbvio, que as exportação não terão vindo para ficar, que quanto a reformas está tudo por fazer e que o défice está aquém do desejável.
Os que dantes tinham um orgasmo cada vez que Portugal era desqualificado pelas agências de notação achavam agora que por se ter infligido um castigo aos portugueses e o governo de direita precisar de uma ajuda deveriam requalificar o país. Só que para as agências de notação as coisas não funcionam bem assim e ainda que os especuladores andem felizes por poderem cobrar 5% ao país o país não lhes oferece confiança.
Os que desejavam que tudo de mau sucedesse ao país em período pré-eleitioral no tempo de Sócrates, não hesitaram em aproveitar-se das decisões de um Tribunal Constitucional que chantagearam sistematicamente, para agora se apresentarem como os grandes milagreiros. Os que proibiam o sôr Álvaro de pronunciar a palavra crescimento, aproveitaram-se agora do aumento do consumo estimulado por decisões do TC para exibirem um milagre económico.
A festa é tanta que até o FMI veio a público desmontar as mentiras e é uma pena que os técnicos do FMI sejam gente pouco recomendável, senão teriam de concluir que ajudaram a destruir o país e que o ténue crescimento económico que Portugal sentiu é a prova do falhanço das suas teses da austeridade brutal.
De um dia para o outro a festa acabou, até a Santinha da nossa devoção veio a terreiro excomungar os técnicos do FMI, agarrou nos seus parcos conhecimentos de política económica para contestar as previsões do FMI e assegurar que Portugal ocorreu mesmo um milagre digno de mandar construir uma catedral na Horta Seca como manifestação de gratidão.
Desde que ficou claro que PSD e CDS iriam concorrer juntos Às europeias que Paulo Portas entrou em roda livre e anunciou ao mundo o grande milagre português. Tudo passou a ser obra e graças da sua diplomacia económica e dos vastos conhecimentos da santinha da nossa devoção, O milagres foi tão grande que as oliveiras plantadas no tempo de Sócrates nada produziram e as que foram plantadas desde que a milagrosa Cristas é ministra já produziram azeite suficiente para aumentar as exportações em 30%. Depois de ter poupado energia dispensando as gravatas no Verão, a Cristas inspirou-se na pêra Rocha e criou uma oliveira tipo couve-calega, semeia-se em Janeiro e em Setembro já está carregada de azeitonas.
Pois, mas como cantava Circo Buarque "acabou a festa pá!".
jumento.blogspot.pt
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