AVISO

OS COMENTÁRIOS, E AS PUBLICAÇÕES DE OUTROS
NÃO REFLETEM NECESSARIAMENTE A OPINIÃO DO ADMINISTRADOR DO "Pó do tempo"

Este blogue está aberto à participação de todos.


Não haverá censura aos textos mas carecerá
obviamente, da minha aprovação que depende
da actualidade do artigo, do tema abordado, da minha disponibilidade, e desde que não
contrarie a matriz do blogue.

Os comentários são inseridos automaticamente
com a excepção dos que o sistema considere como
SPAM, sem moderação e sem censura.

Serão excluídos os comentários que façam
a apologia do racismo, xenofobia, homofobia
ou do fascismo/nazismo.

quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

A falta que faz um serviço público de televisão! - “Na TVI generalista não cabe a médio prazo um programa de grande informação? “Não vejo essa possibilidade no horizonte e duvido que alguma vez volte a haver. Os grandes debates de actualidade, nacionais e internacionais, estão hoje no cabo.” (José Alberto de Carvalho,


A falta que faz um serviço público de televisão!


JAC no Público
“Na TVI generalista não cabe a médio prazo um programa de grande informação?
“Não vejo essa possibilidade no horizonte e duvido que alguma vez volte a haver. Os grandes debates de actualidade, nacionais e internacionais, estão hoje no cabo.” (José Alberto de Carvalho, director de Informação da TVI,  em entrevista ao Público, esta quarta-feira)
É legítimo e compreensível que o director de um canal privado afaste do canal generalista da televisão que dirige programas de “grande informação”, “grandes debates de actualidade, nacionais e internacionais”, reservando-os apenas para o canal do cabo.
Depreende-se das suas palavras que as grandes audiências  não se conquistam com debates políticos. A avaliar pelos resultados da TVI, a estratégia comercial parece correcta. A TVI generalista é o canal de maior audiência e a TVI precisa das receitas publicitárias (como aliás as suas congéneres).
As palavras do director têm  um “pequeno” senão. É que apesar de  privada, a TVI tem que cumprir o  alvará da renovação da licença e o  estatuto editorial  a que ela própria se vinculou. Neste último,  a TVI  afirma que “na diversidade dos géneros informativos (noticiário, reportagem, investigação, entrevista ou debate) ou dos respectivos conteúdos gerais ou sectoriais, pretende distinguir-se e ser escolhida pelo seu perfil de independência e seriedade, de esclarecimento e rigor, no pleno respeito dos interesses e direitos dos telespectadores”. 
Claro que a TVI pode sempre mudar de estatuto editorial. Mas não pode mudar as obrigações que assumiu quando a licença lhe foi renovada.
Ninguém espera que a TVI faça programas de debate do tipo “Prós-e-Contras”. Mas limitar  o debate da política nacional e internacional a públicos restritos e a um  canal de acesso limitado é empobrecedor. Mesmo que a RTP supra essa lacuna e exista precisamente para fazer o que as outras  não fazem.
Nestas alturas percebe-se melhor a falta que faz um serviço público de televisão.

vaievem.wordpress.com

Sem comentários: