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domingo, 2 de fevereiro de 2014

A HISTÓRIA DO TERRÍVEL ASSASSINO DIOGO ALVES LIGADA AO AQUEDUTO DAS ÁGUAS LIVRES EM LISBOA

DIOGO ALVES

Este era o nome do terrível assassino e ladrão que utilizava os caminhos sobre os arcos do Aqueduto para perpetrar toda a espécie de crimes. Segundo reza a História, Diogo Alves, "o Pancada" como era conhecido, escondia-se no aqueduto para assaltar e atacar as pessoas que passavam no longo e estreito passeio ao ar livre sobre a Ribeira de Alcântara, atirando-as depois de uma altura de 65 metros. No Verão de 1837, Diogo Alves terá roubado a vida a 76 pessoas. Foi apanhado em 1840, condenado à morte e enforcado a 19 de Fevereiro de 1841. Esta história de Diogo Alves intrigou os cientistas da Escola Médico-Cirúrgica de Lisboa, que após o enforcamento do homicida, lhe deceparam a cabeça para a estudarem e tentarem compreender a origem da sua malvadez.
A cabeça decepada encontra-se, ainda hoje, no teatro anatómico da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa, conservada num recipiente de vidro, numa solução de formol. Mostra-nos o rosto de um homem com ar tranquilo, contrário ao seu comportamento ao longo da vida.

AQUEDUTO DAS ÁGUAS LIVRES

O Aqueduto das Águas Livres foi mandado construir pelo Rei D. João V para fornecer água a Lisboa. O projecto foi feito pelo arquitecto Manuel da Maia, mas foi Custódio Vieira que o deixou pronto em 1748. Porém, a obra só foi totalmente concluída em 1799.
Este projecto tornou possível a resolução de um problema com que Lisboa se debatia há muito tempo: a falta de água em Lisboa. Pressionado pelo procurador da cidade, o rei concordou em mandar estudar os custos desta obra e a quem caberia o seu pagamento. Depois de grandes discussões, o povo aceitou que o Rei lançasse novos impostos sobre a carne, o vinho e o azeite que se consumiam em Lisboa, tornando possível o abastecimento de água a Lisboa. Em 12 de Maio de 1731 foi assinado o decreto para a construção do Aqueduto das Águas Livres, inteiramente paga com o dinheiro do povo.
Por isso, D. João V mandou colocar no Arco da Rua das Amoreiras uma placa com uma inscrição em latim, que dizia:
No ano de 1748, reinando o piedoso, feliz e magnânimo Rei João V, o Senado e povo de Lisboa, à custa do mesmo povo e com grande satisfação dele, introduziu na cidade as Águas Livres desejadas por espaço de dois séculos, e isto por meio de aturado trabalho de vinte anos a arrasar e perfurar outeiros na extensão de nove mil passos.
Anos mais tarde, o Marquês de Pombal mandou substituir essa inscrição por outra que não referisse que tinha sido o povo a pagar tão grande obra e onde se pode ler:
Regulando D. João V, o melhor dos reis, o bem público de Portugal, foram introduzidas na cidade, por aquedutos solidíssimos que hão-de durar eternamente, e que formam um giro de nove mil passos, águas salubérrimas, fazendo-se esta obra com tolerável despesa pública e sincero aplauso de todos.


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