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domingo, 7 de abril de 2013


JOÃO SEMEDO DO BLOCO DE ESQUERDA


"O buraco do BPN não tem fundo"

Depois do INE ter detetado a derrapagem nas contas públicas de 2012, o Governo admitiu esta semana que o buraco do BPN custou no ano passado aos contribuintes mais 100 milhões do que tinha informado o Parlamento. João Semedo pede explicações para este novo aumento de um buraco que "não tem fundo".

Foto José Coelho/Lusa

Esta semana, o Instituto Nacional de Estatística publicou dados relativos ao Procedimento por Défices Excessivos, revelando um novo aumento da despesa pública devido «a uma estimativa dos valores de imparidades associadas à transferência de ativos do BPN para as empresas Parvalorem S.A. e Parups S.A. em março de 2012». Mas dois meses depois desta transferência, o Governo não informou o Parlamento da nova derrapagem das contas públicas com o BPN. 
Por duas vezes, em maio e julho de 2012, a secretária de Estado do Tesouro Maria Luís Albuquerque foi à AR dizer que tinham sido «transferidos para as sociedades veículo ativos adicionais no montante de 1.495 milhões de euros, valor já líquido de imparidades».
Ao ver os dados verdadeiros publicados pelo INE na quinta-feira, a secretária de Estado escreveu à Assembleia da República a explicar que os números que tinha transmitido aos deputados eram os que lhe dera a administração do BPN em funções, antes do Governo  vender o banco ao BIC por 30 milhões de euros. "No âmbito do apuramento do défice das contas públicas de 2012 verificou-se que o montante de imparidades não terá sido suficiente", diz agora a Secretária de Estado.
Para o coordenador bloquista João Semedo, "é urgente a prestação de esclarecimentos aos cidadãos" sobre mais este buraco do BPN, dado que ele "já custou aos portugueses quatro mil milhões e nos próximos anos pode chegar a um custo de sete mil milhões de euros".
"Ao mesmo tempo que o Governo decide cortar nos rendimentos dos cidadãos, não hesita em entregar cada vez mais recursos públicos para corrigir os estragos efetuados pelos banqueiros", acusa Semedo no requerimento entregue na AR em que exige explicações sobre as razões deste novo aumento de custos e quando é que o Governo foi informado dessa derrapagem. No meio de tantas dúvidas, o coordenador do Bloco tem uma certeza: a de que "o buraco do BPN não tem fundo".

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