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domingo, 9 de setembro de 2012


Semanada


A direita idiota liberada por um imbecil decidiu governar à margem da lei e de qualquer princípio ético ou moral, acabaram-se as negociações entre trabalhadores e patrões, acabara-se os processos de concertação e acabou-se a constituição. O Tribunal Constitucional ousou fazer cumprir a Constituição da República e Passos Coelho ficou irritado, a melhor forma que encontrou para fazer que cumpria o acórdão do TC foi vingar-se usando-o para tramar ainda mais os funcionários e pensionistas e ainda ir forçar os trabalhadores a transferir uma parte dos seus rendimentos para os patrões. A direita portuguesa perdeu a vergonha e ao revelar tamanha irresponsabilidade e abuso arrisca-se a conduzir o país para o conflito social de consequências imprevisíveis.
   
Cavaco Silva fala, fala, fala mas não faz nada, a verdade é que no dia seguinte ao Presidente da República pronunciar-se sobre a hipótese de serem impostos mais sacrifícios aos portugueses o primeiro-ministro vingou-se e fez precisamente o contrário. Agora os portugueses ficam a aguardar pela reacção de Cavaco e serão muitos os que neste momento questionarão qual terá sido o verdadeiro preços do Pavilhão Atlântico.
Entretanto, a troika lá vai fazendo a sua quinta avaliação e dessa ainda sobrará mais uns impostos a cobrar aos trabalhadores portugueses até ao final do ano, ao que parece a incompetência do ministro das Finanças custou ao fisco mais de dois mil milhões de euros e um pulo no défice que nos coloca a par da Grécia.
   
Mas nem tudo são más notícias para os trabalhadores portugueses, há pelo menos um que decidiu andar no sentido contrário e regressar ao país para ganhar muito menos, prescindindo de uma posição que dizer ser a de número dois de uma multinacional. Quando muitos fogem do país o Ponte regressa, quando muitos se queixam dos impostos o Ponte decide ganhar menos, é caso para recear uma de duas coisas, ou o Ponte andava a beber muita cerveja ou alguém lhe vai pagar com jutos quando a RTP for entregue aos amigos do Relvas a título de pagamento da ajuda prestada à direita imbecil para chegar ao poder.

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