Oficiais das Forças Armadas apoiam protestos de sábado
14 de Setembro, 2012
A Associação de Oficiais das Forças Armadas solidarizou-se hoje com «as iniciativas de carácter cívico» convocadas para protestar contra a austeridade, tendo os presidentes das três estruturas associativas de militares dito que irão às manifestações de sábado «enquanto cidadãos».«Aproximando-se a realização de iniciativas de carácter cívico, reflexo das medidas anunciadas e expressão de um irrecusável mal-estar transversal a toda a sociedade, como comprovadamente atestam declarações de eminentes personalidades dos diferentes quadrantes políticos e sociais, vimos, por este meio, manifestar a nossa calorosa solidariedade a todos os portugueses que sofrem o peso dos enormes sacrifícios que lhes foram impostos, relembrando que já o fizemos no passado ano de 2011», lê-se no comunicado da AOFA hoje divulgado.
Sublinhando que, «antes de mais» os militares são «cidadãos sujeitos às mesmas injustas e iníquas medidas», e «porque ser cidadão não se resume apenas à circunstância de estar em sociedade, uma vez que é necessário também participar de algum modo na sua transformação», a AOFA manifesta a sua solidariedade «com todas as iniciativas que, no exercício de um direito de cidadania, afirmem a recusa face a práticas injustas sempre apresentadas sob a capa de nobres objectivos».
«Num momento como este, por todos reconhecido como de extrema gravidade e em que as tensões sociais poderão culminar em justos protestos e outras manifestações de cidadania e indignação constitucionalmente consentidas, importa ainda afirmar que a Associação de Oficiais das Forças Armadas reitera aqui o firme propósito de que, no que de si depender, os militares não serão, nunca, como a Constituição obriga, instrumento de repressão sobre os seus concidadãos», lê-se no mesmo texto, assinado pelo presidenta da AOFA, Manuel Pereira Cracel.
Em declarações à Lusa, Pereira Cracel afirmou que qualquer militar, enquanto cidadão, poderá participar nas manifestações convocadas para sábado por uma plataforma cívica. O presidente da AOFA acrescentou que ele próprio, «em princípio», vai estar presente «como cidadão» na manifestação convocada para Lisboa.
Também o presidente da Associação Nacional de Sargentos (ANS), Lima Coelho, espera ir à manifestação de sábado, a título pessoal, para exercer um «acto de cidadania».
Quanto à ANS, «enquanto organização», tem a sua «própria agenda» e estão previstas «algumas reuniões com outros parceiros no âmbito do movimento associativo militar», porém, acrescentou Lima Coelho, nada impede que os associados, «enquanto cidadãos» participem nas iniciativas de sábado.
O presidente da Associação de Praças da Armada (APA), Luís Reis, disse à Lusa que vai participar nos protestos de sábado, também “como cidadão”. Quanto aos associados, «cada um decide por si».
A APA, «enquanto organização», solidariza-se com quem quiser «reverter a situação»: «Não podemos compeender este estado de coisas que levam ao definhar do país e dos portugueses», afirmou.
Lusa/SOL
Sublinhando que, «antes de mais» os militares são «cidadãos sujeitos às mesmas injustas e iníquas medidas», e «porque ser cidadão não se resume apenas à circunstância de estar em sociedade, uma vez que é necessário também participar de algum modo na sua transformação», a AOFA manifesta a sua solidariedade «com todas as iniciativas que, no exercício de um direito de cidadania, afirmem a recusa face a práticas injustas sempre apresentadas sob a capa de nobres objectivos».
«Num momento como este, por todos reconhecido como de extrema gravidade e em que as tensões sociais poderão culminar em justos protestos e outras manifestações de cidadania e indignação constitucionalmente consentidas, importa ainda afirmar que a Associação de Oficiais das Forças Armadas reitera aqui o firme propósito de que, no que de si depender, os militares não serão, nunca, como a Constituição obriga, instrumento de repressão sobre os seus concidadãos», lê-se no mesmo texto, assinado pelo presidenta da AOFA, Manuel Pereira Cracel.
Em declarações à Lusa, Pereira Cracel afirmou que qualquer militar, enquanto cidadão, poderá participar nas manifestações convocadas para sábado por uma plataforma cívica. O presidente da AOFA acrescentou que ele próprio, «em princípio», vai estar presente «como cidadão» na manifestação convocada para Lisboa.
Também o presidente da Associação Nacional de Sargentos (ANS), Lima Coelho, espera ir à manifestação de sábado, a título pessoal, para exercer um «acto de cidadania».
Quanto à ANS, «enquanto organização», tem a sua «própria agenda» e estão previstas «algumas reuniões com outros parceiros no âmbito do movimento associativo militar», porém, acrescentou Lima Coelho, nada impede que os associados, «enquanto cidadãos» participem nas iniciativas de sábado.
O presidente da Associação de Praças da Armada (APA), Luís Reis, disse à Lusa que vai participar nos protestos de sábado, também “como cidadão”. Quanto aos associados, «cada um decide por si».
A APA, «enquanto organização», solidariza-se com quem quiser «reverter a situação»: «Não podemos compeender este estado de coisas que levam ao definhar do país e dos portugueses», afirmou.
Lusa/SOL
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