AVISO

OS COMENTÁRIOS, E AS PUBLICAÇÕES DE OUTROS
NÃO REFLETEM NECESSARIAMENTE A OPINIÃO DO ADMINISTRADOR DO "Pó do tempo"

Este blogue está aberto à participação de todos.


Não haverá censura aos textos mas carecerá
obviamente, da minha aprovação que depende
da actualidade do artigo, do tema abordado, da minha disponibilidade, e desde que não
contrarie a matriz do blogue.

Os comentários são inseridos automaticamente
com a excepção dos que o sistema considere como
SPAM, sem moderação e sem censura.

Serão excluídos os comentários que façam
a apologia do racismo, xenofobia, homofobia
ou do fascismo/nazismo.

sexta-feira, 14 de setembro de 2012


Diz CGTP

Entrevista de Passos lembra "história da Alice no País das Maravilhas"

O secretário-geral da intersindical diz que "Governo perdeu a pouca credibilidade que tinha" e está dissociado da realidade


O secretário-geral da CGTP disse esta sexta-feira à agência Lusa que a entrevista do primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, quinta-feira, fez relembrar história da "Alice no País das Maravilhas", considerando que o Governo está completamente dissociado da realidade.
Em declarações à Lusa, Arménio Carlos salientou que o Governo já "perdeu a pouca credibilidade que tinha" e "não tem condições" para continuar, nem a política seguida serve para resolver os problemas do país.
"Quem ouviu a entrevista do primeiro-ministro, a primeira reacção que teve foi relembrar a velha história da Alice no País das Maravilhas. É um primeiro-ministro e um Governo que estão completamente dissociados do país real, do sofrimento, dos problemas com que os trabalhadores se debatem, dos reformados, dos pensionistas e dos jovens desempregados", frisou.
Arménio Carlos advertiu que, neste momento, o que está em desenvolvimento é uma "tentativa de iludir os portugueses com pequenos ajustamentos", no âmbito da preparação do Orçamento do Estado para 2013 em relação a algumas medidas anunciadas.
"Os portugueses não precisam de esmolas, precisam ser respeitados e exigem que a riqueza e os rendimentos sejam distribuídos de uma outra forma, só dando resposta aos problemas do mercado interno é que podemos evoluir numa lógica de desenvolvimento e progresso social", disse.
De acordo com o sindicalista, o que existe é um Governo que está "de costas voltadas para o seu povo, para o seu país" e apenas vê como opção o memorando da 'troika'.
"Na nossa opinião, o memorando é a causa do problema e mais, o tratado orçamental, que prevê o aprofundamento da redução do défice até 0,5%, irá dar continuidade a este problema. Enquanto tivermos memorando, vamos continuar de três em três ou de seis em seis meses a ter mais medidas de austeridade, porque, não só memorando nos impede de produzir mais, como está a matar a procura interna", explicou.
No entender de Arménio Carlos, o país precisa de se desenvolver e produzir mais e distribuir melhor o seu rendimento, para garantir a melhoria do poder de compra das famílias, para que a economia possa crescer e as empresas funcionarem bem, como combater o desemprego, criar emprego e aumentar as receitas fiscais do Estado e as contribuições para a Segurança Social.
Por isso, o líder da CGTP defende que é "mais do que justa a contestação popular", estando já marcada "uma grande" manifestação para dia 29 de Setembro, no Terreiro do Paço, em Lisboa.

CM

Sem comentários: