Embaixador norte-americano na Líbia é morto em ataque a consulado
Protestos tiveram início em razão de um filme considerado ofensivo ao Islã
Agência EfeO Ministério do Interior da Líbia confirmou, nesta quarta-feira (12/09) a morte do embaixador dos Estados Unidos, J. Christopher Stevens, e de outros três funcionários norte-americanos após um ataque ao consulado de Benghazi, segunda maior cidade do país norte-africano. As informações são da agência de notícias France Presse. O presidente dos EUA, Barack Obama, confirmou a informação.
[Imagem distribuída pelo Departamento de Estado dos EUA de J. Christopher Stevens pela ocasião de sua morte]
"O embaixador e três funcionários morreram no ataque", afirmou o vice-ministro líbio do Interior, Wanis al Sharif. Em seguida, o vice-premiê da Líbia, Mustafá Abu Shagur, repetiu a informação em sua conta no microblog Twitter, e condenou o atentado. Stevens se encontrava em Benghazi para uma curta visita.
Segundo Sharif, os responsáveis pelo ataque seriam insurgentes fiéis ao regime do coronel Muamar Kadafi (1969-2011), deposto e assassinado no ano passado por forças de oposição apoiadas por tropas aéreas de potências ocidentais. Ele afirmou que os EUA deveriam ter tirado sua representação diplomática do país quando o filme foi divulgado.
“Eles erraram ao não tirar seu pessoal das redondezas, apesar de isso já ter sido feito na época da morte de Abu Yaha al Libi [um dos líderes da Al Qaeda, com cidadania líbia]. Era necessário que eles tomassem precauções, e é culpa deles por não terem adotadop as medidas necessárias” disse Sharif, em coletiva de imprensa.
[Imagem distribuída pelo Departamento de Estado dos EUA de J. Christopher Stevens pela ocasião de sua morte]
"O embaixador e três funcionários morreram no ataque", afirmou o vice-ministro líbio do Interior, Wanis al Sharif. Em seguida, o vice-premiê da Líbia, Mustafá Abu Shagur, repetiu a informação em sua conta no microblog Twitter, e condenou o atentado. Stevens se encontrava em Benghazi para uma curta visita.
Segundo Sharif, os responsáveis pelo ataque seriam insurgentes fiéis ao regime do coronel Muamar Kadafi (1969-2011), deposto e assassinado no ano passado por forças de oposição apoiadas por tropas aéreas de potências ocidentais. Ele afirmou que os EUA deveriam ter tirado sua representação diplomática do país quando o filme foi divulgado.
“Eles erraram ao não tirar seu pessoal das redondezas, apesar de isso já ter sido feito na época da morte de Abu Yaha al Libi [um dos líderes da Al Qaeda, com cidadania líbia]. Era necessário que eles tomassem precauções, e é culpa deles por não terem adotadop as medidas necessárias” disse Sharif, em coletiva de imprensa.
O presidente da Alta Comissão de Segurança de Benghazi, Fawzi Wanis, afirmou que o embaixador norte-americano estava no consulado no momento do ataque..
Versões
Há duas versões conflitantes sobre a morte de Stevens.
De acordo com o site da rede Al Jazeera, manifestantes armados atacaram o consulado e lançaram foguetes contra o edifício na noite de terça-feira (11/09). Stevens teria morrido sufocado em razão da inalação de fumaça, causada pelo incêndio decorrente dos ataques, assim como outros dois de seus seguranças. Um terceiro funcionário, de nacionalidade desconhecida, também teria morrido durante o incidente. Outros dois funcionários teriam ficado feridos.
Já o jornal britânico Guardian, citando a agência Reuters, apresenta uma versão de que Stevens teria morrido em seu carro. Citando um oficial líbio, ele estaria se dirigindo para um local mais seguro quando o veículo foi atingido por um foguete.
A origem dos protestos
Os manifestantes protestavam contra a exibição do filme Innocents of Islam (Os inocentes do Islã), considerado ofensivo à religião. O filme foi dirigido por Sam Bacile, um empresário de dupla nacionalidade israelense-norte-americana que chegou a declarar que “o Islã é um câncer”.
A difusão do trailer na internet causou revoltas em diversos países do Oriente Médio. Um outro protesto ocorreu diante da embaixada norte-americana no Cairo, onde manifestantes trocaram a bandeira norte-americana pela egípcia.
EUA
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, confirmou a morte do embaixador e de três outros funcionários, segundo a agência Bloomberg. Em resposta ao ataque à embaixada, o chefe de Estado afirmou que o governo norte-americano repudia qualquer tipo de “degradação de crenças religiosas” (em crítica direta ao filme), mas se opõe à “violência sem sentido” que culminou na morte do embaixador norte-americano na Líbia.
Em seguida, em um pronunciamento a Casa Branca junto com a secretária de Estado Hillary Clinton, ele afirmou que os EUA trabalharão com o governo líbio "para levar à Justiça os assassinos que atacaram nossos diplomatas". "Que não haja lugar para dúvidas: a justiça será feita", acrescentou o presidente.
(*) com agências de notícias internacionais
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