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quinta-feira, 13 de setembro de 2012



Em S. Bento, cheira a cadáver

As coisas estão a precipitar-se nas últimas horas e a gangrena está a alastrar mais rapidamente do que era expectável há uma semana.  Cheira a fim de ciclo.O governo pode durar ainda alguns meses, talvez mesmo um ano, mas é inquestionável que está em estado comatoso de que não mais sairá até à sua morte. Perdeu popularidade, credibilidade, coesão e só falta  alguém que desligue a máquina para ser cadáver. É verdade que um recuo nas medidas de austeridade poderá dar-lhe um novo sopro de vida, mas só aguentará até ao momento em  que se confirme que a política seguida está completamente errada. Como a própria troika já avisou!
Já ninguém se espantará, inclusivé, se o instinto de sobrevivência de Paulo Portas o obrigar a desligar a máquina.
Em alguns gabinetes ministeriais já há sinais de que a doença é incurável. Alguns assessores e especialistas já estão a tentar tratar da vidinha noutro lado.
 O próprio primeiro ministro transmite uma imagem cadavérica, que o bronzeado da Manta Rota e os elogios obscenos de Luís Filipe Meneses não disfarçam. Ontem, Cavaco mandou um "cangalheiro" à TVI     avisá-lo dos perigos. Se é verdade que o mensageiro escolhido tem pouca credibilidade, não deixou de ser um sério aviso.
Hoje, PPC deu mais um sinal de fraqueza. Onde para o homem "corajoso e honesto"  que recusava o despesismo e prometeu cortar nas gorduras do Estado?
Hoje, vai gastar uns milhares aos contribuintes para ser entrevistado em S.Bento, porque tem medo de enfrentar o descontentamento  popular numa deslocação à RTP. É um tempo de antena, para emitir publicidade enganosa, demasiado caro.

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