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sábado, 21 de julho de 2012


Combustíveis - Leis da concorrência – Os trabalhadores, esses velhos malandros!...



Com toda a naturalidade chega-nos mais uma notícia dando conta de um aumento nos combustíveis... uma das muitas subidas que “compensam” as "colossais" descidas de há umas semanas, como sempre nos explicam.
Mais uma vez, com toda a naturalidade, os preços nos vários pontos de venda de todas as empresas e todas as marcas, vão executar a dança síncrona do costume.
Mais uma vez, as bombas de gasolina das autoestradas, sem que ninguém desarrinque uma explicação decente para o facto (esta, francamente, não pega!), serão mais careiras do que as bombas da mesma marca, fora das autoestradas.
Mais uma vez nos dirão que o presente aumento se deve às oscilações internacionais de preços das matérias primas – explicação que não seria necessária – calando as razões para pagarmos combustíveis dos mais caros do mundo – explicação que é, essa sim, urgente.
Com tudo isto, lembrei-me de uma outra notícia, de há uns dias, que nos contava a grande novidade: a Autoridade da Concorrência já pode fazer buscas domiciliárias. Para ser mais exacto, pode fazer buscas domiciliárias aos funcionários das empresas putativamente prevaricadoras.
Nesse dia estive quase a escrever sobre o assunto. Ia ser muito crítico (quem sabe, talvez até um pouco malcriado) sobre o pormenor de, em toda a notícia sobre as novas “armas” na luta contra a manipulação e combinação mafiosa de preços, não haver uma única referência a buscas aos sagrados domicílios dos donos, gestores milionários e grandes quadros dessas mesmas empresas.
Desisti da ideia depois de ter uma espécie de epifania sobre a minha grande e ingénua parvoíce. Afinal... é evidente que todos os movimentos de cartelização, associação mafiosa e «paralelismo na formação de preços» (como há tempos lhe chamou, mais uma vez para a desculpar, o presidente da Autoridade da Concorrência) não são cozinhados nos conselhos de administração, grandes almoçaradas ou partidas de golfe, entre os donos e gestores das empresas... mas sim nas casas do seus trabalhadores.
Então não é?!

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