UM EPÍGONO DO FASCISMO
Os Editores de ODIARIO.INFO
Um coro de elogios envolveu nos últimos dias o nome de José Hermano Saraiva. Da sua morte se falou e escreveu como se fora um exemplar herói nacional.
O Presidente da Republica, o primeiro ministro, membros do governo, professores universitários, dirigentes do PS, do PSD e do CDS, emissoras de televisão e rádio participaram no hino fúnebre, afirmando que o seu desaparecimento era uma «perda irreparável» para a cultura portuguesa. O morto foi apresentado como «notável historiador» e «grande comunicador e patriota».
O massacre mediático dissimulou a verdade sobre o homem e a obra.
Ao longo de décadas, José Hermano Saraiva nos seus programas de televisão agiu como um falsificador da História real, divulgou a versão da Historia de Portugal forjada pelo fascismo. Os seus heróis foram reis, rainhas, príncipes, fidalgos e conquistadores cuja intervenção na História foi por ele magnificada, frequentemente deformada. O sujeito real da História profunda, o Povo português, mereceu-lhe atenção menor, apareceu nos seus programas sobretudo como figurante.
José Hermano Saraiva foi um fascista convicto. Ministro da Educação de Salazar e Caetano, desempenhou um papel decisivo na repressão do movimento de contestação estudantil em 1969. E enquanto embaixador no Brasil foi ali um defensor apaixonado do colonialismo e hostilizou de múltiplas maneiras os exilados portugueses antifascistas.
Manteve até ao fim a sua opção ideológica. Numa das suas ultimas entrevistas à televisão afirmou identificar em Salazar o maior europeu da sua época.
Enganou muita gente. Mas não há floridas apologias que possam inverter a realidade: José Hermano Saraiva foi um epígono do fascismo.
Os Editores de ODIARIO.INFO
Um coro de elogios envolveu nos últimos dias o nome de José Hermano Saraiva. Da sua morte se falou e escreveu como se fora um exemplar herói nacional.
O Presidente da Republica, o primeiro ministro, membros do governo, professores universitários, dirigentes do PS, do PSD e do CDS, emissoras de televisão e rádio participaram no hino fúnebre, afirmando que o seu desaparecimento era uma «perda irreparável» para a cultura portuguesa. O morto foi apresentado como «notável historiador» e «grande comunicador e patriota».
O massacre mediático dissimulou a verdade sobre o homem e a obra.
Ao longo de décadas, José Hermano Saraiva nos seus programas de televisão agiu como um falsificador da História real, divulgou a versão da Historia de Portugal forjada pelo fascismo. Os seus heróis foram reis, rainhas, príncipes, fidalgos e conquistadores cuja intervenção na História foi por ele magnificada, frequentemente deformada. O sujeito real da História profunda, o Povo português, mereceu-lhe atenção menor, apareceu nos seus programas sobretudo como figurante.
José Hermano Saraiva foi um fascista convicto. Ministro da Educação de Salazar e Caetano, desempenhou um papel decisivo na repressão do movimento de contestação estudantil em 1969. E enquanto embaixador no Brasil foi ali um defensor apaixonado do colonialismo e hostilizou de múltiplas maneiras os exilados portugueses antifascistas.
Manteve até ao fim a sua opção ideológica. Numa das suas ultimas entrevistas à televisão afirmou identificar em Salazar o maior europeu da sua época.
Enganou muita gente. Mas não há floridas apologias que possam inverter a realidade: José Hermano Saraiva foi um epígono do fascismo.
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