Alberto João Jardim – Um recorrente insulto a Abril
Os bombeiros madeirenses ficaram ofendidos com Jardim, por este ter, sem grande subtileza, insinuado que o facto de estes estarem descontentes com as declarações do governante,quando afirmou haver bombeiros a mais naquela ilha, estava de alguma forma ligado à catástrofe que se abateu sobre aquele território. Ficaram muito justamente ofendidos, diga-se eanunciaram um processo-crime contra Alberto João Jardim.
Esqueceram-se de que aquela triste imitação de governante é inimputável, para além de contar com meios ilimitados para ripostar... meios que nós acabamos sempre por pagar.
Agora é o dirigente dos bombeiros, Fernando Curto, a quem o comunicado do Governo Regional chama, com a insolência habitual «um indivíduo Curto», a ser processado. Por ter afirmado que Alberto João os acusou de serem responsáveis pelos incêndios. Diz Jardim que apenas disse existir uma «coincidência temporal objectiva» entre as suas declarações anteriores e o deflagrar dos incêndios.
Levar-nos-ia longe a análise das “coincidências objectivas” entre as amizades de Jardim ou os cargos importantes na máquina partidária do PPD local e algumas das grandes fortunas que têm vindo a ser acumuladas na Região Autónoma da Madeira, sem explicação plausível.
Esta estória podia ser apenas mais uma situação em que um cidadão, de nome Curto, sofre a prepotência e falta de decoro de um indivíduo “grosso”... mas não é. É sim, o continuado insulto à liberdade, aos princípios de Abril, à mais simples noção de decência. É a repetida e indecente exposição pública, por parte de Jardim, da sua absoluta inadequação para o desempenho de qualquer cargo público!
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